14/07/2022 09h59 | Atualizado 12h52
Mais uma vez terminou sem propostas o leilão do Edifício A Noite, na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio, programado para a manhã desta quinta-feira (14). O pregão virtual do Ministério da Economia, deu o processo por encerrado quatro minutos após o horário de abertura, pois não havia interessados no negócio.
O valor estimado do imóvel, que tem 102 metros de altura e uma área construída de 29.377 metros quadrados, é de R$ 38,5 milhões.
Em leilão realizado em abril de 2021 nenhuma proposta foi apresentada também. Naquela ocasião, o lance mínimo era de R$ 98 milhões e depois disso, a União promoveu uma redução no valor do lance inicial, e mesmo assim não houve interessados.
A construção, iniciada em 1927, foi concluída em 1929, para abrigar a sede do jornal A Noite. O local escolhido foi um terreno onde havia o Liceu Literário Português, na Praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Em estilo art déco, foi projetado pelo arquiteto Joseph Gire, que também é responsável pelos projetos do Copacabana Palace e do Hotel Glória, e recebeu a o título de “primeiro arranha-céu da América Latina”. É considerado também um marco no uso do concreto armado no Brasil.
Concorrência
Para concorrer com o A Noite, outro arranha-céu, o Edifício Martinelli, em São Paulo, chegou a ser inaugurado às pressas em 1929. Mas quando houve a inauguração, ainda faltavam concluir 10% de suas obras. Ele só seria finalizado, com seus 105 metros de altura, cinco anos depois.
O edifício A Noite passou para as mãos da União em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas. A Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), funcionou no local de 1936, ano de inauguração, até 2012, quando deixou o prédio para que fossem realizadas reformas. O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), que também ocupava o Edifício A Noite, deixou o local no mesmo ano.
Com Agência Brasil