Redução de estímulos visuais favorecendo a recuperação cognitiva.
Redução de estímulos visuais favorecendo a recuperação cognitiva.

O Dia do Desligar está ganhando espaço em diversos países e promete ser uma das principais tendências de bem-estar em 2026.
A ideia é simples: reservar um dia inteiro — ou parte dele — para desconectar-se das telas, reduzir o estresse e reconectar-se consigo mesmo.

Principais destaques:

  • Movimento cresce em São Paulo, Nova York e Berlim.
  • Estudos confirmam impactos do uso excessivo de telas.
  • Empresas e escolas adotam políticas de detox digital.
  • O Dia do Desligar simboliza uma mudança de estilo de vida.

O que é o Dia do Desligar e por que ele se tornou uma tendência?

O Dia do Desligar nasceu inspirado em iniciativas como o Digital Sabbath, criado por profissionais de tecnologia em São Francisco (EUA) que buscavam equilíbrio fora do ambiente online.

O movimento ganhou força após pesquisas revelarem o impacto da hiperconexão.
Segundo a Exploding Topics (2024), o tempo médio diário diante de telas conectadas à internet já ultrapassa 6 horas e 38 minutos por pessoa.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, EUA) também alerta que adolescentes que passam mais de 4 horas diárias diante de telas apresentam taxas mais altas de sintomas de ansiedade e depressão

Pausa digital que favorece o equilíbrio mental e emocional. – Créditos: depositphotos.com / serezniy

Como o Dia do Desligar influencia o bem-estar mental

Estudos da Harvard Medical School mostram que pausas de vinte e quatro horas no uso de telas podem melhorar o sono, a concentração e reduzir sintomas de estresse.
Uma revisão publicada na revista BMC Psychology (2023) associou o uso excessivo de telas em adolescentes a problemas de bem-estar mental, especialmente em meninas

Os benefícios relatados por quem pratica o “detox digital” incluem:

  • Melhora no foco e produtividade.
  • Maior sensação de relaxamento e clareza mental.
  • Relações interpessoais mais autênticas.
  • Sono mais regular e profundo.

Além disso, um levantamento global da GWI (GlobalWebIndex) revelou que 1 em cada 5 pessoas já tentou um detox digital e 80% afirmaram que a experiência foi “libertadora”

A situação no Brasil: telas, saúde mental e desconexão

No Brasil, o uso prolongado de telas também preocupa pesquisadores.
Um estudo nacional realizado entre 2016 e 2021 apontou crescimento do tempo de lazer em frente a dispositivos eletrônicos

Outra pesquisa publicada na revista International Journal of Environmental Research and Public Health (2024) mostrou que 22,2% dos adultos brasileiros passam longos períodos usando celulares, tablets ou computadores fora do trabalho .

Entre crianças e adolescentes brasileiros, a prevalência de uso excessivo (mais de 2 horas por dia) chega a 70,9%, segundo meta-análise publicada no PMC (2023) .

E entre adultos e idosos das capitais, 7,03% passam mais de 6 horas diárias em frente às telas — o que os autores classificam como excesso de tempo de tela

Esses números evidenciam que o Dia do Desligar não é apenas uma moda, mas uma necessidade urgente para preservar o bem-estar mental e físico.

Curiosidades sobre o movimento

  • O conceito de Digital Sabbath foi criado em São Francisco, em 2010.
  • O termo “Digital Detox” ganhou popularidade mundial em 2018 e atingiu pico de buscas em 2025.
  • Empresas como Google e Microsoft têm programas internos de “pausa digital” em suas equipes globais.
  • A Unesco discute o tema “desconexão consciente” como pilar da educação emocional.

O futuro do Dia do Desligar: equilíbrio entre mente e tecnologia

O crescimento do Dia do Desligar reflete uma transição cultural: deixar de usar a tecnologia por impulso e começar a usá-la com propósito.

A pausa digital não é rejeição ao mundo online — é uma forma de reaprender a viver entre o silêncio e a conexão, priorizando o humano sobre o algoritmo.

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