O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que vai levar secretários à Rocinha hoje(26) à tarde para encontrar lideranças comunitárias e tratar de obras e reformas na comunidade. Segundo o prefeito, a presença da polícia e das Forças Armadas permitirá que intervenções urbanas sejam feitas na área.
“Agora, nada nos impede”, disse Crivella, que mencionou a Companhia Municipal de Limpeza Urbana, a Rio Luz, a Rio Águas e a Secretaria Municipal de Conservação entre as instituições que participarão do encontro. “Marcamos para amanhã à tarde uma reunião com todos os secretários na Rocinha para retomarmos as reformas, as obras que estávamos para fazer e, por causa da violência que havia lá e da iminência de tiroteios, ficaram atrasadas”.
Crivella também comentou a entrevista que deu a uma rádio comunitária da Rocinha em que mencionou a ideia de criar um serviço telefônico para que moradores denunciem episódios de truculência durante a ocupação da comunidade.
“Já estou falando com o Iplan [empresa municipal de tecnologia da informação] e com o 1746 [serviço telefônico de atendimento da prefeitura] para tratarmos disso”, disse Crivella, que contou ter ouvido relatos de truculência policial durante a ocupação da comunidade. “É muito importante que haja um canal com o Poder Público para que eles possam falar”, acrescentou.
Sede de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2012, a Rocinha registrou intensos tiroteios desde 17 de setembro, quando grupos criminosos rivais entraram em confronto pelo controle da comunidade. A Polícia Militar ocupou a Rocinha na segunda-feira (18) e recebeu o reforço das Forças Armadas na última sexta-feira (22). Os militares do Exército atuam no patrulhamento no entorno da comunidade, enquanto policiais do Comando de Operações Especiais agem dentro do território.
Por: Vinícius Lisboa EBC