
Um novo retrato da mobilidade urbana coloca Niterói entre os municípios com menos pessoas enfrentando viagens muito longas até o trabalho. Segundo o relatório De Olho no Transporte, a fatia de quem passa de duas horas no trajeto é baixa na cidade — e o tema chegou até a COP30.
Transporte público em Niterói: o que o relatório aponta
O relatório De Olho no Transporte, da Casa Fluminense, aponta que a cidade tem um dos cenários mais favoráveis quando o assunto é tempo de deslocamento no transporte público rumo ao trabalho. Na prática, isso significa menos horas “presas” no trajeto e, por isso, mais tempo disponível para rotina, estudo e descanso.
3,9% acima de duas horas: o dado central
De acordo com o levantamento (com base no Censo 2022), 3,9% da população de Niterói gasta mais de duas horas no deslocamento de casa até o trabalho.
Comparação entre cidades: onde Niterói se destaca
No mesmo recorte, Niterói aparece abaixo de municípios com percentuais mais altos de deslocamentos longos. Entre os exemplos do quadro:
- Seropédica: 19,4%
- Guapimirim: 18,5%
- Belford Roxo: 14,8%
- Queimados: 13,7%
- Duque de Caxias: 12%
- Rio de Janeiro: 6,8%
- São Gonçalo: 6,4%
- Itaguaí: 5,7%
Dessa forma, o indicador reforça que Niterói está entre os municípios com menor proporção de viagens acima de duas horas, ficando abaixo de diversas cidades da Baixada Fluminense e também de parte da Região Metropolitana do Rio.
COP30: por que mobilidade entrou no debate climático
A discussão sobre tempo de deslocamento e qualidade do transporte também ganhou espaço em evento da COP30, em uma mesa sobre “monitoramento cidadão para cidades respiráveis” e a transição energética para ônibus mais acessíveis, limpos e seguros na Região Metropolitana.