
Nesta sexta-feira (31), um boato de greve nacional dos caminhoneiros ganhou força nas redes sociais e provocou preocupação em todo o país. A publicação, feita por um perfil falso que se passava pela Record TV, convocava motoristas para uma paralisação em defesa de pautas políticas e econômicas.
O conteúdo, rapidamente compartilhado em grupos de WhatsApp e no X (antigo Twitter), afirmava que bloqueios de rodovias começariam ainda nesta sexta, o que levou muitos usuários a temer escassez de combustíveis e alimentos.
Poucas horas depois, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e representantes da categoria desmentiram oficialmente a informação.

O que diz a PRF e os caminhoneiros
Em nota, a PRF afirmou que não há nenhum registro de bloqueios, interdições ou manifestações de caminhoneiros em rodovias federais.
“As equipes seguem monitorando todas as estradas do país e até o momento não há qualquer mobilização relacionada a greve”, informou o órgão.
Lideranças nacionais de caminhoneiros também repudiaram o boato. O presidente da Associação Brasileira de Condutores (ABCAM), José da Fonseca Lopes, declarou que “não existe nenhuma convocação oficial” e que os vídeos que circulam são tentativas de manipulação política.
Como a fake news se espalhou
De acordo com o portal Terra, o perfil que iniciou a desinformação utilizou o nome e o logotipo da Record TV, publicando uma suposta reportagem falsa sobre uma paralisação confirmada. O conteúdo viralizou rapidamente, alcançando centenas de milhares de visualizações antes de ser removido.

Especialistas em desinformação explicam que boatos sobre greves e protestos costumam ser usados para gerar pânico e engajamento artificial. Em épocas de instabilidade econômica, essas publicações atraem atenção e afetam diretamente o mercado e o transporte de cargas.
Por que o assunto preocupa
O setor de transportes é essencial para o abastecimento nacional. Um rumor como esse pode elevar o preço dos combustíveis e gerar corrida aos postos, mesmo sem haver paralisação real. Durante a greve dos caminhoneiros de 2018, por exemplo, o país enfrentou escassez de produtos básicos e interrupção de serviços públicos.
Por isso, autoridades reforçam a importância de checar informações em canais oficiais antes de repassar qualquer mensagem em grupos de WhatsApp.

Impacto potencial em Niterói e região
Embora o boato tenha sido nacional, o episódio acendeu o alerta também na Região Metropolitana do Rio. Cidades como Niterói, São Gonçalo e Itaboraí dependem diariamente do transporte rodoviário para o abastecimento de supermercados, farmácias e postos de gasolina.
 
											 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
