SAÚDE – Os prefeitos de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá se reuniram no início da tarde de hoje com o secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro na sede da Prefeitura de Niterói, no Centro da cidade, para traçar uma estratégia conjunta de fortalecimento ao atendimento na rede pública de Saúde da região Leste Fluminense. Além dos prefeitos, os diretores do Hospital Estadual Alberto Torres e do Hospital Estadual Azevedo Lima e o presidente do Instituto Vital Brazil também participaram do encontro.
O secretário de Saúde do Estado do Rio, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, destacou que houve aumento na demanda pela rede pública de Saúde, dando como exemplo os dois hospitais estaduais da região – Azevedo Lima e do Alberto Torres – que bateram recordes de atendimento neste primeiro semestre, na comparação com o ano passado.
“Vamos fazer um seminário nos próximos 30 a 45 dias para planejamento e integração entre a Secretaria estadual e as secretarias municipais, com a participação do Conleste, e vamos ter uma reunião com a direção do Hospital Universitário Antonio Pedro e a reitoria da UFF para garantir que o Huap atenda a toda a região e não só o município de Niterói. Vai ser uma cobrança não só das secretarias municipais, mas da Secretaria de Estado de Saúde, porque houve uma pactuação de cofinanciamento de recursos para o Antônio Pedro”, frisou Teixeira Júnior.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, destacou que a grave crise financeira do estado e dos municípios somada ao aumento da demanda da população sobre os sistemas locais e regional de Saúde exige um planejamento estratégico.
“Nós sabemos que essa crise ultrapassará o ano de 2016. É importante ter uma estratégia e um planejamento para o curto prazo e o médio prazo, num sentido de manter a assistência à saúde para a população da região”, explicou.
Neilton Mulim, chefe do Executivo de São Gonçalo, afirmou que o primeiro ponto de importância da reunião é estabelecer a união dos municípios do Leste Fluminense frente à crise latente.
“Acredito que agora, com essa agenda de trabalho, poderemos avançar e até vislumbrar possibilidades antes não vistas em função da crise. Alguns problemas não serão resolvidos, mas poderemos equacionar essas questões a partir destes encontros e do seminário em uma interação que certamente vai produzir uma agenda proativa e produtiva”, aposta.
Para o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, o planejamento deve começar com a discriminação do atendimento de cada hospital, de cada unidade estadual e municipais, e da criação de uma base única de informação para os dois milhões e meio de habitantes da região.
“Vamos fazer um seminário para discutir as vocações municipais e regional para equacionar os investimentos. Se este planejamento tivesse sido feito três anos atrás, não estaríamos passando por esses problemas agora”, apontou.
O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, destacou que um dos efeitos imediatos do encontro foi a determinação de que a UPA do município volte a funcionar normalmente.
“Espero que com esses estudos que iniciamos hoje possamos voltar a atender à demanda da população em Saúde, alcançando uma melhora substancial na qualidade do atendimento”, disse.
Solange Almeida, prefeita de Rio Bonito, ressaltou que a população migra para outros municípios da região Leste Fluminense em busca de atendimento especializado e, por isso, a integração entre as secretarias de Saúde é tão importante.
“Os municípios vão trabalhar juntos para conseguir reuniões com o governador e com o Ministério da Saúde para que a nossa região possa ter maior aporte de recursos, até pelo número de unidades de Saúde que foram abertas nos últimos oito anos. A reunião de hoje marca um momento importante na busca de recursos para a manutenção do serviço prestado em todos os municípios do Leste Fluminense”, concluiu.
Fotos: Alexandre Vieira