Primeiro encontro do Coletivo Virgínia Bicudo superou expectativas

Participação do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma aposta de parceria

Sábado (04.11) foi dia de falar sobre saúde mental no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (CCPCM), dentro do Campo de São Bento, em Niterói. O bate-papo aconteceu no Primeiro Encontro do Coletivo Virgínia Bicudo e reuniu profissionais da saúde (psicólogos e assistente social), neuropedagoga e terapeuta alternativa (reiki, deeksha, meditação, yoga). O segundo encontro já está marcado para o dia 25/11.

A proposta do grupo é falar sobre saúde, não sobre doença e servir como atividade complementar ao tratamento da medicina tradicional. Por isso, para o Coletivo foi de extrema importância a participação de uma das profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

– A gente aposta no SUS como um todo. No olhar da saúde mental, na diversidade, nas contribuições que os encontros têm. Através da cultura, do lazer no tratamento tradicional – ressaltou a psicóloga Lilia Carreira, do CapsAD e Laboratório Sérgio Arouca.

Logo no início da manhã, os participantes sentaram em círculo.  Além das próprias expectativas para o encontro, cada integrante colaborou com um lanche para ser compartilhado. Um a um se apresentou e, em seguida, uma das colaboradoras leu o depoimento da Katia Oliveira, moradora de Fortaleza, ressaltando a importância de ter conhecido o Coletivo Virgínia Bicudo. Ela faz parte do grupo desde que o grupo foi criado, em setembro deste ano.

“Sou Kátia de Fortaleza e faço parte desse lindo coletivo! Sofro de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e há pouco mais de 4 meses descobri a depressão. Pois é, também estou nessa luta e quero dizer que o fato de cada um de vocês estarem aí já mostra o quanto são guerreiros e isso é essencial para um belo recomeço, resgatar o que foi perdido, o que precisa ser aceito e entendido dentro de cada um.”

Outro que se identificou com o projeto foi o artista, Leonardo de Almeida, que deu depoimento sobre as circunstâncias e temores que o afligem, sendo acolhido pelo grupo através do diálogo, escuta atenta, troca de experiências e cuidadosamente orientado a permanecer em tratamento e continuar a frequentar a roda de conversa para que seja mais um espaço livre e aberto para trocas afetivas.

Fotos: Cris Lessa

SERVIÇO

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