Saúde

Niterói está entre as cidades com casos de coqueluche confirmados

Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro
Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) faz um alerta para o aumento no número de casos de coqueluche no estado do Rio de Janeiro por conta do crescimento de mais de 300% das notificações.

Segundo dados do sistema TABNET, do Ministério da Saúde, foram registradas 44 confirmações da doença até o momento, enquanto em todo o ano passado, apenas oito.

A maioria dos casos da doença foram na capital, 38 registros. Em Niterói, São Gonçalo, Iguaba Grande e Macaé, foram registrados um caso em cada cidade. Já em Maricá foram registrados dois casos.

A proteção contra a doença é garantida por meio das vacinas Pentavalente, DTP e dTpa Adulto. Com os três imunizantes abaixo da meta da cobertura vacinal em 2023 – Pentavalente, com 72,21% e DTP, com 72,26% – , ambas com meta de 95%; dTpa Adulto, 52,51% que tem a meta de 100% de cobertura, a SES-RJ reitera que o público-alvo deve procurar as unidades de saúde em seus municípios para evitar a infecção com a coqueluche. 

“Temos notado um aumento importante no número de casos de coqueluche, principalmente, em crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. Por isso, reforçamos a necessidade do público-alvo ser vacinado com todas as doses de reforço para garantir a imunização necessária contra a doença”, destacou a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.

Para a vacina Pentavalente, a imunização é obrigatória para bebês de dois, quatro e seis meses. A DTP é destinada a crianças de 15 meses e 4 anos. Já a dTpa adulto é recomendada a gestantes e puérperas, profissionais de saúde, parteiras tradicionais e estagiários da saúde, que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal. 

 A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade, que compromete de forma específica o aparelho respiratório, especialmente a traquéia e os brônquios, e se caracteriza por espasmos de tosse seca. 

Os sintomas são caracterizados por febre, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A transmissão acontece, principalmente, pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro.

O diagnóstico pode ser feito através de exame laboratorial, via coleta de swab na região nasofaringe, e o diagnóstico pode ser realizado pela técnica do PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real.

No Laboratório Bittar, em Niterói e São Gonçalo, há registro de alta na procura pelo exame. “Tem aumentado a procura pelo teste molecular para Bordetella pertussis e parapertussis nesta época do ano, devido a maior incidência dos casos de doenças respiratórias”, garantiu a diretora médica patologista clínica, Dra. Christina Bittar. Cabe ressaltar que a principal medida de prevenção contra a Coqueluche é a vacinação.