Saúde

Mutirões contra Aedes aegypti acontecem em Niterói

Mutirão Dengue no Cavalão / Divulgação
Mutirão Dengue no Cavalão / Divulgação
Novas ações estão programadas para diversos bairros com o objetivo de intensificar o combate ao mosquito e conscientizar a população para que a cidade se mantenha numa posição estável

A Prefeitura de Niterói informou que intensificou as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade. Na manhã desta quinta-feira (22) foi realizado um mutirão no Morro do Cavalão, onde foram visitados 47 imóveis pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A iniciativa faz parte das estratégias do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Ações Integradas de Prevenção à Dengue, que envolvem as secretarias de Saúde, de Conservação e Serviços Públicos, as Regionais, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) e a Defesa Civil.

    Mutirão Dengue no Cavalão / Divulgação
    Mutirão Dengue no Cavalão / Divulgação
    Mutirão Dengue no Cavalão / Divulgação

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Anamaria Schneider, é natural observar um aumento de casos de dengue neste período e as medidas de prevenção são muito importantes. “Hoje, Niterói apresenta um cenário positivo de casos de dengue. No entanto, com o aumento identificado nos dados em todo o Estado, estamos intensificando as ações contra o Aedes aegypti. Os mutirões envolvendo diferentes secretarias e com o apoio das associações de moradores são fundamentais nessa ampliação das medidas de prevenção e combate ao mosquito”, afirmou a secretária.

Ao longo da manhã, os agentes do CCZ percorreram a região vistoriando casas, comércios e ruas para identificar possíveis criadouros do mosquito e eliminá-los. Além do combate, a equipe também realizou ação educativa, orientando os moradores sobre a importância de evitar água parada e sobre as condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. Também foram instaladas 50 telas em caixas d’água destampadas, que podem se tornar importantes criadouros do mosquito. Equipes da Clin realizaram a remoção de entulhos e inservíveis, que também são suscetíveis a tornarem-se focos de mosquitos.

Charles Figueiredo, presidente da associação dos moradores do Morro do Cavalão, e morador da comunidade há 47 anos, ressaltou a importância e os impactos positivos de ações como essa no cotidiano e na vida dos moradores. “Essa ação que está acontecendo hoje na comunidade é de extrema importância, tanto para prevenir, quanto para salvar vidas e gostaria de agradecer aos responsáveis pelo mutirão”, contou.

O coordenador do CCZ, Fábio Vilas Boas, concluiu que o mutirão foi efetivo na orientação em relação à importância de evitar água parada, e sobre as condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. Além disso, foram realizadas atividades extras, para completar a ação educativa e informativa. “A Educação em Saúde também montou um stand educativo, onde foram distribuídos panfletos e orientações à população. Nossa equipe de educação também realiza atividades educativas de prevenção em toda a rede de ensino público municipal e estadual de Niterói. E na rede de saúde, os profissionais do Programa Médico de Família também atuam em parceria com a nossa equipe CCZ, em suas respectivas áreas de cobertura”, concluiu o coordenador.

Ações diárias | A Prefeitura de Niterói possui uma equipe de fiscais sanitários exclusivamente para vistoriar todo o tipo de imóvel abandonado que propicie a proliferação dos vetores. Durante todo o ano, as equipes do CCZ realizam um trabalho intenso de rotina de prevenção e combate ao mosquito transmissor das arboviroses. A cobertura de trabalho abrange 205 mil imóveis, com planejamento de visita pelos agentes a cada 2 meses. São cerca de 300 servidores envolvidos exclusivamente nas atividades de combate ao mosquito transmissor das arboviroses, que visitam 5 mil imóveis diariamente.

Wolbachia | Outra estratégia do Município para enfrentar a doença é o método Wolbachia, uma parceria com a Fiocruz e a WMP Brasil. A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes Aegypti. Uma vez inserida artificialmente em ovos de Aedes Aegypti, a capacidade de o mosquito transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela fica reduzida.

Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos predominem nos locais e diminua o número de casos associados a essas doenças.