O final do ano é o momento mais propício para as pessoas pensarem nos planos futuros. Para algumas mulheres, é a hora de planejar a maternidade, mas não da forma tradicional. O foco na carreira e a vida amorosa levam ao adiamento da decisão de ter um filho. A partir dos 35 anos diminuem as possibilidades e podem aumentar as dificuldades.
De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres têm engravidado cada vez mais tarde no Brasil. Nos últimos 10 anos, o aumento na faixa etária que vai dos 35 aos 39 anos foi de 63%, enquanto a taxa de nascimentos entre mães com até 19 anos caiu 23% no mesmo período. Porém, o tempo cronológico é o maior inimigo das mulheres quando o assunto é fertilidade.
A médica Cristiane Coelho (CRM: 5273884-0), especialista em reprodução assistida, afirma: “Ao longo do tempo, há queda da quantidade e da qualidade dos óvulos, mas hoje em dia a medicina é a nossa aliada para poder viver o sonho na hora ideal. A estratégia de congelamento de óvulos é uma boa opção para diminuir riscos e preservar a fertilidade, afinal, as mulheres podem e devem ter liberdade de escolha.”
Nesse método, as mulheres recebem estimulação hormonal para o desenvolvimento de múltiplos óvulos, depois eles são captados e colocados em nitrogênio líquido, onde são congelados e armazenados numa temperatura de 196ºC negativos. No futuro, elas podem utilizá-los, a depender das circunstâncias, em um processo de fertilização in vitro. O congelamento é possível em qualquer idade, se houver óvulos em quantidade e qualidade. Porém, quanto mais jovem for a mulher, melhor será a qualidade dos óvulos coletados e maiores as chances de uma gravidez no futuro.