Saúde

Caso suspeito de intoxicação por metanol em Niterói é descartado

Secretaria de Saúde descarta caso de intoxicação por metanol em Niterói. Estado tem apenas uma suspeita ativa.

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF
Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

O caso da moradora de Niterói que estava sendo investigado como possível intoxicação por metanol foi descartado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) nesta segunda-feira (6). A paciente, que passou mal após ingerir bebida alcoólica na Lapa, no Rio, chegou a ser atendida em um hospital particular, mas já recebeu alta.

Com o descartado do caso, o estado do Rio permanece com apenas uma notificação suspeita ativa — a de um homem de 37 anos, morador de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Segundo a SES-RJ, o paciente segue monitorado e passa bem.

“No momento, há um caso suspeito de um homem, morador de São Pedro da Aldeia, que segue monitorado pela SES-RJ e passa bem. O caso da moradora de Niterói foi descartado”, diz trecho da nota enviada à reportagem.


Rio recebe doses do antídoto e reforça alerta

Diante dos casos suspeitos, o Governo do Estado do Rio iniciou nesta segunda-feira (6) a compra de kits de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. Além disso, 60 doses enviadas pelo Ministério da Saúde chegaram à capital fluminense e foram distribuídas a unidades estratégicas.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância da resposta rápida no tratamento e fez um alerta à população:

“Reforçamos a urgência de ter o antídoto no estado, porque o tempo é primordial para o sucesso do tratamento para a intoxicação. Nosso Centro de Vigilância monitora de perto as suspeitas registradas. Seguiremos trabalhando em prol da saúde da população fluminense. E recomendamos evitar bebidas de procedência duvidosa”, afirmou a secretária ao cidadedeniteroi.com.


Situação no Brasil

Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 225 notificações de possível intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Do total, 16 casos foram confirmados e 209 seguem em investigação.

O país registra ainda 15 mortes, sendo duas confirmadas por intoxicação por metanol e as demais ainda sob análise laboratorial.


Entenda o que é o metanol

O metanol é um álcool altamente tóxico utilizado em processos industriais e que não deve ser consumido por humanos. A ingestão de bebidas adulteradas com a substância pode causar cegueira, insuficiência renal e até morte. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, tontura, náusea, fraqueza e visão turva.

A SES-RJ reforça que somente bebidas de procedência conhecida e com selo fiscal devem ser consumidas.