Um caso de amor por amor por Niterói

O menino Rodrigo Neves brincava com seus amigos nas ruas do bairro do Fonseca e cresceu com o olhar voltado para a exclusão social. Ainda jovem, entrou para o movimento estudantil, se tornou um líder, empunhou a bandeira do Passe Livre e venceu. O caminho foi a política, eleito vereador, foi o mais votado.

O seu foco sempre foi transformar a realidade e mudar o abismo social no município. Nesta direção, realizou dezenas de projetos. Para as comunidades, sempre levou esperança e a possibilidade de cidadania a todos.

Convidado, pelo então prefeito Jorge Roberto Silveira, assumiu a Secretaria de Integração e Cidadania e colocou em prática uma política social jamais vista em Niterói, com projetos que se tornaram referência no País, como: “Criança no lixo nunca mais”, “Cidade Acessível”, “Direitos da Juventude”, “Política para Idosos”, entre muitos outros.

“O Transporte Acessível”, também de autoria de Rodrigo, permitiu que portadores de deficiências se deslocassem para seus tratamentos e também para o lazer, e tornou-se modelo para vários municípios do País.

Ele era assim, obstinado, convencia Jorge Roberto de que era preciso investir nos jovens como um contraponto ao assédio do tráfico e do crime organizado. Era preciso salvar gerações de jovens e meninos, dizia sempre Rodrigo Neves, lembrando Brizola que afirmou: “Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender, devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação”. E, também, lembrava o que sempre dizia Darcy Ribeiro, criador dos Cieps: “Se nossos governantes não fizerem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”.

Jorge Roberto Silveira, que deixou um legado e marcas de seus governos com o Médico de Família, o Caminho Niemeyer, Encontros Internacionais de Cultura, restauros de patrimônios etc, é reconhecido pelas suas gestões. Numa certa ocasião, o prefeito Jorge Roberto Silveira disse ao Rodrigo: vá com calma, implemente o Cidade Acessível e depois os outros programas. Rodrigo tinha pressa e, como dizia Betinho: “quem tem fome tem pressa”. E, em vez, de implementar um, dois, três, foram dezenas de projetos, o que levou Jorge a profetizar: “Este jovem é um prodígio, será o prefeito de Niterói”. E foi!

Durante o período da crise na indústria naval, Rodrigo Neves recebeu nos estaleiros o, então, Presidente Lula. Foi a partir deste encontro que começou a recuperação do Setor Naval na região.

Rodrigo Neves, posteriormente, já mais maduro, com formação acadêmica de sociólogo, se tornou um exemplo de gestor: integrou a cidade de Niterói, através do túnel Cafubá-Charitas, obra esperada há mais de 50 anos. Criou o CISP – Centro Integrado de Segurança Pública e com suas câmeras inteligentes; implementou o Programa Niterói Presente, que mudou para melhor a segurança na cidade. Foram inauguradas 26 escolas; o Hospital Getulinho foi reaberto; fez o alargamento da avenida Marquês do Paraná; Skates em São Francisco e Fonseca; inaugurou o Parque Esportivo do Caramujo; instalou plataformas digitais na Engenhoca e Viradouro; entre tantas outras entregas.