O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira (2) uma resolução sobre a conjuntura estadual, no intuito de retirar o apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do estado do Rio. “Companheiras e companheiros, acabo de apresentar uma resolução a Executiva Estadual do PT-RJ solicitando o rompimento da aliança com Marcelo Freixo Governador. Em função da manutenção da candidatura avulsa e divisionista de Alessandro Molon ao Senado Federal sustentada pelo Presidente Nacional do PSB.” escreveu João Maurício, o Joaozinho, presidente estadual do PT-RJ.
O motivo, segundo Joaozinho, foi a insistência do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em lançar Alessandro Molon candidato ao Senado. De acordo com João Maurício, havia um pacto da coligação da qual PT e PSB fazem parte, para que os partidos tivessem uma candidatura única para o senado, a de André Ceciliano (PT) (Foto). “André Ceciliano se manteve firme e fiel ao Presidente Lula, à Presidenta Dilma e ao PT, lutando contra o golpe e a farsa da Lava Jato. André Ceciliano é um companheiro valoroso, que possui uma longa trajetória no PT e merece respeito!” completou João Maurício.
João Maurício ainda explicou a posição, “Fomos um dos primeiros partidos a declarar apoio a Marcelo Freixo, e construímos com muito empenho e dedicação sua pré-candidatura. Infelizmente, o que vimos foi uma posição egoísta, divisionista e isolada do Deputado Federal Alessandro Molon, que está rompendo a maior aliança da esquerda do estado do Rio de Janeiro nos últimos 30 anos. Somos oposição intransigente a Cláudio Castro e tudo que significa o bolsonarismo no Estado do Rio de Janeiro.”
Nota do PT/RJ sobre a conjuntura estadual divulgada ontem (02/08)
“Nos últimos meses, um debate dividiu a coligação de apoio a pré-candidatura de Marcelo Freixo ao governo, foi a insistência do deputado Molon, com apoio de parte da Direção Nacional do PSB, em manter a sua candidatura divisionista ao Senado.
Esse descumprimento de um acordo feito entre Molon e Freixo, entre o PT e o PSB, nos dividiu, com parte da esquerda atacando o nosso companheiro André, pré-candidato do PT ao Senado, numa campanha sórdida nas redes, como não se via faz anos.
A aventura da candidatura divisionista se manteve, mesmo após o Ato na Cinelândia, mesmo após os posicionamentos do próprio Marcelo Freixo, Flávio Dino, Márcio França e Danilo Cabral em defesa da unidade e cobrando o cumprimento do acordo. Aliás, Marcelo Freixo sempre defendeu a unidade da coligação apostando primeiro no convencimento do deputado Molon, confiando no Acordo firmado entre os dois, e depois pressionando Molon e a Direção Nacional do PSB.
Na nossa boa fé, e na nossa crença na importância do cumprimento de acordos, sabendo da nossa responsabilidade na construção de uma coligação de 8 partidos, aguardávamos até agora por uma definição final da Direção Nacional do PSB. Todavia, fomos surpreendidos pela defesa do Presidente Nacional do PSB da manutenção da candidatura divionista e aventureira de Molon.
Consideramos que a divisão na coligação majoritária inviabilizará um palanque forte para o Presidente Lula, inviabilizará as nossas candidaturas majoritárias, tanto Freixo, como o André. Não aceitamos mergulhar nosso partido e nossas campanhas em uma guerra fratricida. Não faremos o jogo pequeno das prioridades pessoais, da manutenção de mandatos proporcionais a todo custo, como é a prioridade de alguns setores.
Reafirmamos a candidatura do nosso pré-candidato André Ceciliano ao Senado, candidatura aprovada por unanimidade no Diretório. Desde 2019, André liderou a ALERJ defendendo a UERJ, os servidores, e a democracia contra os ataques da ultra-direita. André nos representa.
Mas nesse cenário, infelizmente não é mais possível manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do Estado. E vamos, nos próximos dias, debater alternativas de coligação majoritária com a Direção Nacional do PT e com os partidos da Federação para que tenhamos um forte palanque do Lula no nosso Estado.”