Política

PSL oficializa Bolsonaro como candidato à Presidência

PSL oficializa Bolsonaro como candidato à Presidência

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado no último dia (22) como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo Partido Social Liberal (PSL). Embora presente à convenção do partido ao qual se filiou, a advogada Janaina Paschoal disse que ainda não aceitou o convite para ser vice.

O partido tem até 5 de agosto para anunciar quem irá compor a chapa. “Nenhum partido anunciou seu vice ainda. A gente não foge de um filiado ao PSL ou de algum militar que esteja na ativa. A nossa lagoa é muito pequena para pegar um vice, mas vai sair um de qualquer maneira”, disse o deputado.

O candidato do PSL discursou por 55 minutos para uma plateia inflamada que encheu o salão do Centro de Convenções Sul-América, no centro do Rio de Janeiro, com capacidade para 3 mil pessoas.

“Eu sei o desconforto que venho causando. Eu sou o patinho feio desta história, mas tenho certeza que seremos bonito brevemente”, disse Bolsonaro.

Carlos Jordy

Conhecido como “filhote de Bolsonaro”, Carlos Jordy, vereador em Niterói pelo PSL, foi confirmado como candidato a deputado federal. Jordy foi o candidato a vereador do Deputado Jair Bolsonaro em Niterói nas eleições de 2016, sendo eleito com 2.388 votos. Flávio Bolsonaro, candidato confirmado pelo partido ao senado, comentou “Jordy, eu não tenho dúvida que você é um dos principais nomes próximos a nós que consegue reunir aquelas características e qualidades que na percepção de todo mundo que já é Bolsonaro, enxergam em você algo muito próximo, por tudo que você defende ideologicamente, pelo seu preparo, pela sua postura, pelo seu mandato como vereador na câmara de Niterói, você é percebido como uma pessoa que pode sim suceder esse trabalho que é feito pelo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados… você tem uma grande responsabilidade Jordy!”

Foto: Douglas Santos

Propostas

Apesar de afirmar que seu programa de governo não está concluído, Bolsonaro adiantou que quer excluir o Ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente.

O candidato prometeu ainda, se eleito for, privatizar estatais. Também não adiantou nomes, mas garantiu enxugar a Petrobras, que segundo ele “tem muitos braços”. Também afastou qualquer possibilidade de ocupação política em cargos executivos nos Bancos Central, do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Sem vice

A advogada Janaina Paschoal frustrou a plateia, que já a saudava como vice, ao anunciar que ainda não tem resposta ao convite feito pelo partido. Inicialmente, ela pensou no cargo de deputada estadual por São Paulo.

“Nós iniciamos um diálogo bastante profícuo. Entendemos que para uma parceria de quatro anos. Esse diálogo precisa ser mais pormenorizado, porque é um trabalho conjunto. Então não é possível tomar uma decisão em dois dias”, disse ela.

Isolamento

Com exceção dos políticos do PSL, discursaram apenas o general de Exército Augusto Heleno (PRP), que chegou a ser convidado para o cargo de vice, mas não comporá a chapa, e o senador Magno Malta (PR-ES).

No entanto, o isolamento político na campanha até agora foi contestado por Bolsonaro, que garante já ter entendimentos de apoio com 110 parlamentares de partidos do chamado de Centrão e que aparentemente não está preocupado com os restantes.

“Agradeço ao Alckmin por juntar o que há de pior do Brasil ao seu lado”, criticou o candidato.

Participaram da convenção a mulher de Bolsonaro, Michele, os filhos Carlos, Eduardo e Flávio. Flávio foi confirmado como candidato do partido ao Senado pelo Rio de Janeiro. Também estavam presentes o coordenador do programa econômico da campanha, o economista Paulo Guedes, o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebbiano, o vice-presidente nacional, Julian Lemos, e o vereador de Niterói e candidato a deputado federal Carlos Jordy.

Com Agência Brasil