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POLÍTICA: Prefeitos do Leste Fluminense pedem retomada de investimentos ao presidente da Petrobras

POLÍTICA: Prefeitos do Leste Fluminense pedem retomada  de investimentos ao presidente da Petrobras

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POLÍTICA – Um grupo formado por prefeitos do Leste Fluminense se reuniu na tarde desta quinta-feira (16.2) com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, no Centro do Rio, em busca de soluções para a crise que afetou suas cidades desde a suspensão das atividades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Agendado pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, o encontro reuniu, além dele próprio, chefes do Executivo de cidades como Itaboraí, Sadinoel Souza, São Gonçalo, José Luiz Nanci, Cachoeiras de Macacu, Mauro Soares, entre outros.

De acordo com Rodrigo Neves, o resultado da reunião, a primeira a ser realizada nos últimos dois anos, mostrou que a união entre os municípios e o diálogo constante com a estatal são duas das principais formas de superar o quadro atual.

“Os prefeitos apresentaram uma pauta com três pontos relacionados à retomada dos investimentos do Comperj, da indústria naval do Rio de Janeiro e ao pagamento de royalties.”, revelou Rodrigo Neves.

Sobre o Comperj, prefeito de Niterói disse que Parente explicou a necessidade de a unidade de processamento de gás do complexo precisar entrar em operação em 2020 e que há, no momento, 23 licitações em curso para essa finalidade.

Aos prefeitos, Parente informou que o investimento será da ordem de 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 6 bilhões), com estimativa de geração de 5 mil empregos ao longo de três anos. Ele adiantou ainda que o início dos trabalhos se dará já no segundo semestre deste ano.

Outro ponto abordado foi sobre a cobrança, por parte da Petrobras, de investimentos não previstos pela empresa e que são descontados no repasse de royalties aos municípios. Parente garantiu no encontro que esses descontos não serão feitos sem um prévio comunicado aos municípios. O presidente da estatal também anunciou o crescimento da produção da Petrobras.

Ao término do encontro, Rodrigo Neves falou sobre o reinício das negociações:

“Há quase dois anos não havia qualquer mesa de diálogo dos municípios da Região Leste com a Petrobras. Esperamos que esses investimentos realmente possam ocorrer para a retomada do desenvolvimento e geração de emprego e renda na nossa região. Por outro lado, asseguramos junto ao presidente Pedro Parente que esse diálogo, retomado no encontro de hoje, será, daqui para frente, constante.”

O prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci espera que não só os investimentos sejam reiniciados como a própria Petrobras auxilie os municípios em relação à criação de pequenas favelas em áreas ocupadas por trabalhadores do Complexo e que, agora, estão desempregados:

“Além da questão econômica, estamos sofrendo com um problema social. Construíram uma estrada de dez quilômetros cortando o município e que foi abandonada. Com isso, começaram a surgir moradias em suas margens. Isso está se tornando um grave problema social e precisamos que a empresa ajude a solucionar essa questão. Nosso município foi bastante prejudicado pela paralisação dessa obra”.

Sadinoel Souza, de Itaboraí, avalia que a retomada dos trabalhos no complexo é importante, porém, ressalta que apenas a planta de gás que foi anunciada, é insuficiente para resolver os problemas gerados pela suspensão das atividades do complexo.

“O encontro foi importante e o presidente da Petrobras foi realista sobre a situação. Estamos felizes com o anúncio da planta de gás e do aumento da produtividade. Mas essa planta apenas é muito pouco para resolver os problemas que temos hoje. Pode parecer muito um investimento de R$ 6 bilhões, mas não é suficiente. Esse investimento vai ser mais sentido somente em Itaboraí, mas terá pequeno impacto nos demais municípios. E nós queremos que todos sejam beneficiados. Inclusive com utilização de mão de obra de nossas cidades.”, analisou Sadinoel.

Mauro Soares, de Cachoeiras de Macacu, elogiou a reabertura dos diálogos com a Petrobras e explicou que a crise atingiu de forma mais aguda os pequenos municípios, com populações entre 50 mil e 60 mil habitantes: “Estamos contentes com essa notícia da retomada dos investimentos e também com a reabertura dos canais de diálogo. Mas esperamos que tudo isso seja apenas o início de uma nova fase para todos nós”.

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