POLÍTICA – A presidenta afastada Dilma Rousseff já está no Senado aguardando o início do quarto dia de julgamento do processo de impeachment, que será dedicado a ouvi-la. Acompanhada no carro pelo cantor Chico Buarque, ela chegou ao Congresso por volta de 9h e foi recebida com flores por parlamentares contrários ao impeachment.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também acompanha a petista. A expectativa é de este seja o dia mais longo de trabalho desta fase final do processo, que pode ser concluído entre amanhã e quarta-feira (31)
“Espero que a sessão seja tranquila e civilizada, à altura do Senado Federal. Da nossa parte [favorável ao impeachment] não podemos ser tão duros que aparente arrogância, nem tão suaves que pareça covardia, mas tudo depende tom que a presidenta vai dar”, adiantou o senador Álvaro Dias (PV-PR).
Argumentação
“Não vejo golpe, não há tanques [do Exército] nas ruas, as instituições não estão fechadas, pelo contrário, estão fortalecidas”, disse sobre a expectativa para que ela reforce o discurso de que é vítima de uma tentativa de golpe.
“A presidenta vem com firmeza, com altivez, é a segunda vez. Esta é a segunda vez que ela enfrenta um tribunal de exceção. A vez primeira ela tinha 19 anos . Não temos tanques ,mas tivemos muita tortura moral ao longo desse processo”, destacou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil da petista e uma de suas maiores defensoras no processo.
Ao contrário dos últimos outros dias , o plenário do Senado está completamente lotado de parlamentares, profissionais de impresnsa e convidados da defesa e da acusação.
Reportagem: Karine Melo e Carolina Gonçalves
Edição: Kleber Sampaio