Política

Os efeitos do novo PAC em Niterói

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Foto: Alex Ramos

Com esse anunciado projeto do governo federal do NOVO PAC, viu-se que, a ex-capital do Estado do Rio de Janeiro ficou à deriva, sem qualquer menção de obras estruturais que traria progresso e mobilidade, tendo em vista o que está sendo projetado privilegiará apenas São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e as cidades do sul e da baixada fluminense.

Lançado no dia 11 de agosto passado, o NOVO PAC deverá incrementar nessas cidades grandes investimentos em Rodovias e Ferrovias ligando-as diretamente a cidade do Rio de Janeiro. Com isso, Niterói perderá, principalmente, na sua parte central, a convivência dos contribuintes que por aqui circulam, os de São Gonçalo, de Maricá e de Itaboraí.

É que consta no referido projeto, a reativação das linhas férreas que gerará desenvolvimento para o Estado no Ramal de Japeri até Volta Redonda, Ramal de Caxias a Itaboraí, Ramal de Campos, Ramal de Maricá, Linha 3 do Metro e Linha 2 até Nova Iguaçu. Tudo, sem qualquer necessidade de passar por Niterói. Nas Rodovias, os investimentos das concessões beneficiarão Volta Redonda e as divisas com os Estados do Espirito Santo, São Paulo e Minas Gerais que, obrigatoriamente, estariam ligados a Ponte Rio-Niterói que, na verdade, não facilitará ninguém a se locomover por Niterói. Só de longe.

Mas, o que mais preocupa no que foi anunciado é que os investimentos que serão coordenados pelo Ministério dos Transportes, terão as instalações de Barcas fazendo ligações diretas de São Gonçalo, Magé e Duque de Caxias, para a Cidade Maravilhosa. Querem, com isso, colaborar com a reativação do centro do Rio de Janeiro. Niterói, caso nossos políticos não reajam com decisões urgentes, urgentíssimas, deixarão a cidade assistir a “banda passar sem poder sequer bater palmas para os músicos.”

Se o Centro de Niterói sempre viveu dependente dos gonçalenses que transitam por aqui com destino ao Rio de Janeiro e, com essas medidas anunciadas pelo NOVO PAC, não mais precisam desta transição, a área será transformada em ruínas, vez que, desde que ocorreu a Constituição de 1988, os nossos governantes municipais não se interessaram por construir edifícios para moradias e edifícios para estacionamentos para que tivesse vida própria.

Aliás, isso só ocorreu por que os executivos da cidade jamais se importaram com as sugestões que sempre foram dadas neste espaço de A Tribuna, por décadas. Preferiram obras paliativas, mesmo percebendo que ninguém podia mais conviver com o caos que vinha se apresentando no centro da cidade. A maioria dos profissionais liberais se mandaram, os comerciantes faliram e os mendigos dominaram o setor.

Agora, caso esse NOVO PAC vingue com essas obras e serviços anunciados, os niteroienses verão o que os Prefeitos que nada fizeram de 1988 para cá, com relação a dar vida própria ao centro da cidade, explicitamente, o que é e como prejudicaram o setor. Bom relembrar que, depois de 1988 com a Constituição Cidadã em vigor, os municípios com mais de 200 mil habitantes passaram a arrecadar verbas vultosas e aqueles que são detentores de royalties, como é o caso de Niterói, então, nem precisam de ajuda do governo estadual e nem do federal. Os prefeitos que passaram não quiseram solucionar o problema que o centro de Niterói estava clamando depois da fusão que ocorreu entre o Estado do Rio e a Guanabara.

AS PESSOAS SÓ VÊEM AQUILO QUE ESTAO PREPARADAS PARA VER!