Aquela velha máxima política: Tudo recomeça depois do carnaval… E já se passaram dois meses da festa momesca. O disse-me-disse da política está em todas as esquinas e gabinetes. O assunto principal é: quem serão os candidatos ao governador do Estado do Rio de Janeiro?
Antes de especular sobre possíveis nomes, é bom lembrar que, em menos de uma década, cinco ex-governadores foram presos: Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Moreira Franco. O ex-governador Wilson Witzel foi afastado.
Nas considerações políticas, a Alerj aprovou o orçamento de R$ 107,5 bilhões para receitas e R$ 122,1 bilhões para despesas do próximo governo. Um rombo de quase R$ 15 bilhões que parece não assustar os pré-candidatos. E quem são eles? O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), conhecido como “o queridinho no Rio”, ainda não se declarou candidato ao governo do Estado e repete que vai concluir seu mandato de prefeito. Bem avaliado como prefeito, há controvérsias, e dependendo do cenário político, pode ser o candidato, chancelado por Lula, presidente do País.
Bem avaliado na sua gestão como prefeito do Rio, Eduardo Paes, mesmo que tenha feito, em certa ocasião, uma declaração jocosa sobre Maricá, há um ensaio do prefeito Washigton Quaquá, para que o seu vice seja Fernando Horta, ex-prefeito e petista. Nem mesmo assumindo que é candidato, Paes já tem disputa de vice, aparecendo também Wladimir Garotinho na disputa de vice e, é possível, que apareça outro lá da Baixada Fluminense.
O pré-candidato no imaginário político que tende a polarizar com Eduardo Paes é o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar. Ele confirmou, dia 14/5, sua intenção de disputar o governo do Estado do Rio, durante reunião do colégio de líderes da Casa.
Pode não ser surpresa o fato de o pré-candidato ao governo do RJ, Bacellar, deixar a presidência da Alerj e assumir o Governo do Estado. Há muita especulação e indícios de que o atual governador, Cláudio Castro, renuncie ao cargo para assumir uma vaga no Tribunal de Contas ou saia candidato ao Senado. Caso seja a opção para o Senado, fica a pergunta para Castro: Como ficará o senador Flávio Bolsonaro?
Neste caso, assume o governo do Estado o deputado estadual e presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, e ele se “cacifa” ainda mais para a disputa ao Governo do RJ.
Do União Brasil, Bacellar costura um leque de alianças para garantir uma candidatura unificada e ter o apoio de toda Família Bolsonaro. Na Alerj, tem sido elogiado por sua capacidade de diálogo e de resolver conflitos.
Há outros aspectos a considerar: a força eleitoral dos prefeitos da Baixada Fluminense, assim como a maioria dos prefeitos bolsonaristas do Estado do Rio de Janeiro. A eleição estadual pode ser polarizada nacionalmente entre Lula e Bolsonaro.
Não há terceira via prevista. O PSOL deve se manter com o pré-candidato de sempre, Tarcísio Motta. Já os outros partidos podem lançar seus pré-candidatos e ficarem como os “cavalinhos da TV Globo” no ranking esportivo, digo, no ranking político.
Mário Sousa, jornalista, escritor e analista político
Brigas
O deputado federal Carlos Jordy entrou com uma ação contra seu irmão, o deputado estadual Renan Jordy, para que este deixe de usar o nome “Jordy”, pois estaria comprometendo sua imagem com suas ações violentas. O juiz Victor Agustin negou o pedido.
Disputa
No campo progressista em Niterói, alguns ajustes estão sendo feitos na composição de candidaturas de deputados estaduais e federais. O deputado estadual Victor Junior (PDT) poderá disputar uma vaga para a Câmara Federal. Há outras possíveis candidaturas para a Câmara Federal, Paulo Bagueira e Axel Grael.
A deputada estadual Verônica Lima (PT) deve continuar com sua candidatura para a Alerj. Há possíveis candidaturas para a Câmara.
A novidade no cenário político é a candidatura de Fernanda Sixel para deputada estadual. Bagagem política ela tem desde mais nova, como líder estudantil.
Na luta
O vereador e atual Secretário de Esportes, Luiz Carlos Gallo, e a Vice-Prefeita de Niterói, Isabel Swan, viajam para Miami para divulgar e articular a vitória de Niterói e Rio como sedes dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031.
A candidatura conjunta Rio-Niterói foi aprovada pelo Comitê Olímpico Brasileiro e está em disputa com Assunção, no Paraguai.