Política

Cenário político do Rio: Pampolha no TCE e Bacellar na linha de sucessão

O cenário político do Rio entra em nova fase com Pampolha no TCE e Bacellar como primeiro na linha sucessória do governo.

Rodrigo Bacellar e Thiago Pampolha na sessão plenária da Alerj nesta quarta-feira (21) onde Pampolha foi eleito novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Foto: Divulgação
Rodrigo Bacellar e Thiago Pampolha na sessão plenária da Alerj nesta quarta-feira (21) onde Pampolha foi eleito novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - O plenário da Alerj aprovou, nesta quarta-feira (21/05), a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para ocupar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A decisão contou com 57 votos favoráveis5 contrários e 7 abstenções, de um total de 69 parlamentares presentes. Apenas o deputado Renato Machado (PT) não participou da votação.

O nome de Pampolha já havia sido aprovado, na véspera, pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Normas Internas e Proposições Externas da Casa. Com sua posse no TCE-RJ, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), se torna o primeiro na linha sucessória do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Na mesma sessão, Pampolha apresentou sua renúncia ao cargo de vice-governador, oficializada minutos após a votação, e assume imediatamente a vaga deixada pelo conselheiro aposentado José Maurício Nolasco.

“Recebi esse convite com muito orgulho e enorme senso de responsabilidade”, declarou Pampolha.

O governador Cláudio Castro e o ex-vice governador Thiago Pampolha. Foto: Divulgação

Cenário político muda no Rio de Janeiro

A ida de Thiago Pampolha para o TCE-RJ reorganiza completamente o tabuleiro político fluminense e acelera os movimentos sobre quem comandará o estado nos próximos meses.

Com a saída de Pampolha, o nome do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, ganha força. Nos bastidores, três cenários estão em debate:

1. Renúncia de Cláudio Castro em outubro de 2025

Essa possibilidade permitiria que Bacellar assumisse o governo um ano antes das eleições, com tempo suficiente para consolidar sua imagem como gestor.

2. Saída de Castro em janeiro de 2026

Considerado por aliados como o cenário mais equilibrado, garantiria 10 meses de gestão a Bacellar, tempo suficiente para implementar sua marca sem o desgaste de um mandato mais longo.

Seria o limite legal para que Castro deixasse o cargo, visando sua possível candidatura ao Senado Federal.

O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União). Foto: Divulgação

Caminho aberto para Bacellar

A tendência de uma saída antecipada de Cláudio Castro ficou mais evidente após a confirmação de Pampolha no TCE-RJ, o que abre de forma definitiva a linha sucessória para Rodrigo Bacellar.

Nos bastidores, cresce o desejo de Bacellar de assumir ainda em outubro, dando início a uma gestão com mais tempo para implementar políticas e projetos de impacto.

O governado Cláudio Castro e o presidente da Alerj Rodrigo Bacellar. Foto: Divulgação

Bastidores e tensão política

No mesmo dia em que a nomeação de Pampolha foi oficializada, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu em Brasília com os presidentes nacionais do União BrasilAntônio Rueda, e do PPCiro Nogueira. Embora oficialmente a pauta não tenha incluído a sucessão no Rio de Janeiro, há relatos de insatisfação de Bolsonaro por não ter sido consultado sobre o acordo que levou Pampolha ao TCE.

A movimentação revela que, além da dança das cadeiras no governo do estado, há um xadrez político envolvendo alianças nacionais e interesses de diversos partidos.