Cláudio Castro (PL) | Foto: Reprodução
Cláudio Castro (PL) | Foto: Reprodução

O Rio de Janeiro terá regras mais rígidas para a saída temporária de presos. A Lei 11.000/2025, sancionada por Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial desta sexta (17/10), redefine critérios e cria gestão de risco. Medida foca a segurança pública e o controle do benefício.

Lei 11.000/2025: publicação e posicionamento oficial

A norma foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo de 17/10. “É um momento histórico para o Rio de Janeiro, somos o Estado que mais investe em segurança pública… A nossa prioridade é sempre garantir a segurança da nossa população”, afirmou o governador.

Regras mais rígidas para a saída temporária e trabalho externo

As condições previstas na Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) deverão ser verificadas conforme a legislação vigente no momento da concessão do benefício. A decisão — de autorizar ou negar — deve ser fundamentada e levar em conta:

  • Declaração de vínculo com facção criminosa.
  • Informações de investigações que indiquem ligação com facção.
  • Grau de periculosidade.
  • Comportamento durante o cumprimento da pena.
  • Histórico disciplinar.

Os critérios valem tanto para a saída temporária quanto para o trabalho externo.

Programa de Gestão de Risco nas Saídas Temporárias

A lei cria o Programa de Gestão de Risco nas Saídas Temporárias, gerido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Objetivo: monitorar, avaliar e controlar os riscos relacionados à concessão do benefício.

Diretrizes do Programa (ponto a ponto)

  • Adoção de protocolos técnicos de avaliação de risco individual dos candidatos à saída temporária.
  • Possibilidade de monitoramento eletrônico, conforme disponibilidade orçamentária e normas federais.
  • Desenvolvimento e aprimoramento de sistemas de informação para acompanhar os beneficiários.
  • Procedimentos preparatórios voltados à reinserção social e à redução de riscos durante a saída.
  • Cooperação institucional entre sistema penitenciário, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e demais órgãos.
  • Relatórios técnicos periódicos para acompanhamento e avaliação da política criminal.

Impacto para a população e para a segurança pública

Com critérios mais claros e controles adicionais, o governo busca reduzir riscos, evitar reincidência durante a saidinha e reforçar a segurança. A gestão ativa pela SEAP e o possível monitoramento eletrônico aumentam a rastreabilidade e a transparência das decisões.