Política

Câmara de Niterói institui a Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Marielle Franco”

Câmara de Niterói institui a Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Marielle Franco”

Foi aprovado na Câmara Municipal de Niterói, o Projeto de Resolução que institui a Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Marielle Franco”. A medalha será conferida em homenagem, em vida ou póstuma, às mulheres que se destacarem na luta pelos direitos humanos pela igualdade de gênero, pela diversidade sexual, pela justiça social e pelo combate à discriminação racial.

A Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Marielle Franco” será cunhada em prata, em círculo de 30mm de diâmetro, com a espessura de 2mm e filete protetor nas bordas, de 1mm, e terá as seguintes características:

  1. no anverso – a efígie da patrona da Medalha, com seu nome gravado em semicírculo, na parte superior, e da data da sua concessão, na inferior;
  2. no reverso – as inscrições “Medalha Legislativa Municipal do Mérito” e “Câmara dos Vereadores de Niterói”, sobre ramo de arruda oblíquo;
  3. A Medalha deverá ficar pendente de uma fita de gorgorão chamalotado, com 30mm de largura e 50 de comprimento, roxa, a passadeira será de 30 x 10mm com as características da fita que acompanha a Medalha.

Justificativa

Segue a seguir a justificativa na íntegra do projeto aprovado de autoria da então vereadora Talíria Petrone (PSOL), hoje deputada federal:

“Marielle Franco, mulher, negra, lésbica, mãe e cria da favela da Maré. Eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos. Era, também, Presidente da Comissão da Mulher da Câmara. Formada em Sociologia pela PUC-Rio, e com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo. Iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré. Marielle foi executada, junto do seu motorista, Anderson Pedro, no último dia 14 de março. Foi um crime político que levou multidões às ruas em atos de indignação por todo o mundo. Foi um atentado contra a vida de nossa companheira e contra todas e todos que lutam em defesa de uma sociedade igualitária e livre. Mataram uma militante da luta contra a desigualdade social, contra a exploração econômica, contra o racismo e o genocídio negro, contra o machismo e a LGBTfobia. Mas essa luta não vai parar. Marielle vive porque lutamos.”

Vereadores comemoram

Vitória das mulheres negras e dos direitos humanos!

MARIELLE PRESENTE ✊🏾 pic.twitter.com/B5QB0kvrb3

— Verônica Lima (@VeronicaLimaVe) October 21, 2021