Rio de Janeiro - Na manhã deste sábado, 14 de dezembro de 2024, o General da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal em Copacabana, Rio de Janeiro. A ação integra a Operação Contragolpe, que investiga uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022. Braga Netto é acusado de liderar reuniões e ações que visavam subverter o regime democrático, além de obstruir investigações ao tentar manipular provas sigilosas.
De acordo com a PF, o general está envolvido em uma rede que pretendia, impedir a posse do governo eleito e suspender a constituição centralizando o poder em um grupo militar, bem como, atentar contra lideranças democráticas, conforme os indícios de planos para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Relatórios indicam que Braga Netto participava de encontros onde foram discutidas estratégias para consolidar o poder pós-golpe, com a criação de um gabinete militar para liderar ações repressivas e controlar a opinião pública.
Braga Netto está sob custódia em um batalhão do Exército e a PF segue com buscas em endereços ligados a outros suspeitos. As investigações também apontam envolvimento de figuras como Jair Bolsonaro e militares de alta patente, ampliando o escopo das denúncias.
A prisão de um ex-ministro e aliado direto de Bolsonaro simboliza o avanço da Justiça contra tentativas de fragilizar a democracia brasileira. O caso reforça a necessidade de fortalecer instituições que assegurem o respeito à Constituição e punam atos antidemocráticos. Braga Netto não representa o Exército brasileiro, ao contrário, é a sua vergonha.
O episódio revela de forma inequívoca a urgência de consolidarmos uma compreensão mais profunda sobre o valor da democracia e a necessidade de defendê-la com firmeza. É fundamental que a sociedade reconheça que nossa liberdade e direitos são garantidos por um Estado Democrático de Direito, e que qualquer tentativa de subverter essa ordem, por meio de movimentos golpistas, deve ser veementemente rejeitada. A democracia brasileira é uma conquista que deve ser protegida com determinação, e a punição exemplar dos responsáveis é um passo necessário para reforçar a integridade do nosso sistema. Nossa liberdade e o futuro democrático do país dependem de nossa capacidade de defender e preservar a democracia, sem concessões.