Quando se pensava que depois do festival de irregularidades e falcatruas durante as gestões dos ex-presidentes Sergio Cabral e Jorge Picciani, de triste memória, não mais se veria nada de anormal naquela “casa de negócios”, viu-se que, foram presos dezenas de outros deputados que permaneceram por longo tempo nas cadeias do estado por vários embustes exercidos durante os seus mandatos legislativos. Cabral, chegou ao governo estadual e ficou seis anos preso e Picciani foi retirado da presidência da Alerj diretamente para a cadeia. Morreu no decorrer da prisão.
Já a seguir ocorreram dezenas de prisões de parlamentares fluminenses que pagaram caro por suas formas ilícitas de conduzir seus mandatos. Agora, recentemente, os meios de comunicação trazem essa notícia de que cinco deputados, irresponsavelmente, usam uma Sirene, individualmente, no trânsito, para facilitar suas locomoções e chegar na frente de todos que são obrigados a respeitar as sinalizações existentes. Os deputados da Alerj acham que não têm que respeitar nada, eles podem tudo.
Se foram eleitos para elaborarem leis que beneficiem a população e, eles próprios, desrespeitam a lei que está em vigor para o trânsito, como é possível esses parlamentares serem representantes de nossa gente? O mais grave são as justificativas dos desordeiros do trânsito. Uma lástima apresentada por esses deputados que não conseguem perceber o tamanho do absurdo que cometeram.
As atitudes desses cinco deputados fluminenses no trânsito foram tão desastrosas que, não se sabe, até o momento, o que foi feito para que ocorresse uma punição justa a esses bandoleiros que, inclusive, poderiam ter provocado alguma tragédia pelos atos que exerceram. É sabido que pelo regulamento do Contran, só poderá usar sirenes carros de utilidade pública como ambulâncias e viaturas da polícia.
Carros de parlamentares não se enquadram na lei, todavia, os deputados Val da Ceasa (Patriota), Doutor Deodato (PL), Valdecy da Saúde (Partido Liberal), Arthur Monteiro (Podemos) e Rodrigo Amorim (PTB), são os novos “caras de pau” do legislativo fluminense. Pior, ainda, argumentaram que apresentarão projeto de lei para terem uma forma legal de usar o acessório que, por enquanto, usam irregularmente.
Nessa última fraude exercida por deputados dessa Alerj de histórias escabrosas, de intermináveis corrupções que já levaram inúmeros integrantes da casa para presídios no RJ, chega-se nesse episódio do trânsito como, apenas, mais uma farsante operação daqueles que deveriam zelar pelo bem comum, mas, não, preferem manter a imagem daquela “casa de negócios” como sempre foi: um lugar que não se acredita em mais ninguém.
OS DEPUTADOS DO RJ PRECISAM ACORDAR MAIS CEDO PARA CHEGAR AO TRABALHO.