Polícia

Vigilante é acusado de estupro em prédio em Niterói

Vigilante é preso por estupro no Centro de Niterói. Saiba mais sobre o caso e a operação policial que resultou na prisão.

Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) | Divulgação
Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) | Divulgação

Um vigilante de 39 anos foi preso na última sexta-feira (16), em sua residência no bairro Ingá, na Zona Sul de Niterói, acusado de estupro contra uma jovem de 20 anos dentro de um prédio comercial no Centro da cidade, onde ambos trabalham.

A prisão foi realizada durante uma operação conjunta de agentes da 79ª DP (Jurujuba) e da 76ª DP (Centro de Niterói), que conduz as investigações do caso.

Entenda o caso

De acordo com o relato da vítima, o crime aconteceu no dia 26 de março, por volta das 10h, quando ela se dirigiu ao 14º andar do prédio para buscar água, já que não havia bebedouro em seu local de trabalho.

No trajeto, ela cruzou com o vigilante, que, segundo seu depoimento, após ela pegar a água, a agarrou pelas costas e tentou forçar um beijo. Mesmo com as recusas, o homem insistiu nas investidas.

A jovem contou ainda que o agressor chegou a abrir o zíper da calça, segurou sua cabeça para forçá-la a um ato sexual e, diante da negativa, começou a se masturbar na frente dela. A vítima relatou também que ele tentou puxar sua roupa, fez propostas constrangedoras e, após ejacular, pediu que ela “não contasse a ninguém”, afirmando que no local não havia câmeras de segurança.

Assédio recorrente

Colegas da vítima relataram que o vigilante já vinha assediando a jovem há algum tempo. Segundo uma das testemunhas, ele costumava abordá-la com termos como “meu amor”, além de fazer comentários considerados ameaçadores, o que fez com que ela evitasse circular sozinha pelo prédio.

Além disso, surgiram relatos de que funcionários estariam sendo ameaçados de demissão pela síndica caso comentassem sobre o caso, e nem os próprios conselheiros do prédio teriam sido oficialmente informados sobre o crime.

O que diz o acusado

O acusado nega as acusações. Em seu depoimento, afirmou que os dois teriam apenas conversado e que não houve qualquer ato de violência. Ele ainda alegou que o local possui câmeras de segurança que registraram a movimentação, mas, segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu justamente em um ponto sem cobertura das câmeras.

Defesa questiona a investigação

A defesa do vigilante alega que ele não teve a oportunidade de prestar depoimento durante a fase de investigação e critica o fato de o exame de corpo de delito da vítima ter sido realizado 15 dias após o crime, o que, segundo os advogados, poderia ter prejudicado a coleta de provas.

Apesar dos argumentos, a Justiça considerou que há indícios suficientes para decretar a prisão temporária do acusado, que foi cumprida na última semana.