Relatório da Procuradoria Geral da República fundamentou a operação de hoje
O deputado federal Carlos Jordy (PL), líder da oposição na Câmara dos Deputados, e ex-vereador em Niterói, encontra-se sob investigação da Polícia Federal (PF) por participação nos atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e início de 2023. A operação Lesa Pátria, desencadeada nesta quinta-feira (18), na sua 24ª fase, realizou mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao parlamentar, tanto no Rio de Janeiro quanto no Distrito Federal.
O objetivo da PF é identificar os indivíduos responsáveis pelo planejamento, financiamento e incitação dos eventos que resultaram na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Os crimes investigados incluem a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.
A Polícia Federal está investigando a possível ligação entre o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e um dos organizadores dos protestos do dia 8 de Janeiro. Jordy, líder da Oposição na Câmara, nega qualquer envolvimento ou incentivo à depredação dos prédios dos Três Poderes.
O requerimento da PGR (Confira aqui na íntegra) cita trocas de mensagens entre Jordy e Carlos Victor de Carvalho (CVC), vereador suplente em Campos dos Goytacazes e funcionário público na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Carvalho foi preso no ano passado por suspeita de financiar a ida de extremistas a Brasília.
A linha investigativa da Polícia Federal vê indícios de uma possível relação de comando entre Jordy e CVC com base em uma troca de mensagens em 1º de novembro de 2022, logo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nela, CVC chama Carlos Jordy de “meu líder” e pede instruções ao parlamentar, dizendo que tem o “poder de parar tudo”. Na data, eram mobilizadas as primeiras paralisações em rodovias pelo Brasil.