SUSPEITO-JORNALEIRO
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A investigação sobre o sequestro de um jornaleiro em Niterói avançou com a prisão do segundo suspeito apontado no caso. A Polícia Civil considera a possibilidade de que Eduardo Aguiar Ferreira tenha sido morto após o crime, embora o corpo ainda não tenha sido localizado.

Prisão do segundo investigado pela 81ª DP (Itaipu)

Agentes da 81ª DP (Itaipu) cumpriram mandado de prisão contra Thiago Bricio Nogueira, até então tratado como foragido. Ele foi localizado em uma casa em Del Castilho, na Zona Norte do Rio. Segundo os investigadores, no momento da abordagem, o suspeito teria tentado se esconder em um espaço no teto do imóvel, perto da caixa-d’água.

O que se sabe sobre o sequestro em Itaipu

Testemunhas relataram que, no dia do crime, Eduardo seguia de moto pela Rua Jaerte de Pimentel Medeiros, em Itaipu, quando foi interceptado por três homens em um carro prata. Ele teria sido retirado da motocicleta e colocado à força no veículo. Desde então, o jornaleiro não voltou a ser visto.

Pontos centrais já apurados

  • Vítima: Eduardo Aguiar Ferreira (desaparecido desde o fim de novembro).
  • Situação atual: polícia trabalha com hipótese de morte, mas corpo não localizado.

Toyota Corolla carbonizado e a trilha até Imbariê

No dia 1º de dezembro, os policiais encontraram um Toyota Corolla prata que, segundo a apuração, teria sido usado no sequestro. O automóvel apareceu totalmente carbonizado em Imbariê, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A polícia também aponta que o último sinal do celular de Eduardo foi registrado em Imbariê, a cerca de 72 quilômetros do ponto onde ele teria sido levado. Depois disso, o aparelho parou de emitir sinal, reforçando a linha de que o crime pode ter tido desdobramentos fora de Niterói.

Motivação sob apuração: cigarros contrabandeados

Desde o início, a investigação avalia se o sequestro pode ter ligação com o comércio ilegal de cigarros. A apuração indica que Eduardo atuava na distribuição de cigarros contrabandeados e que esse contexto pode ter colocado a vítima na mira dos criminosos.

Três dias após o desaparecimento, policiais fizeram buscas na casa do tio do jornaleiro, que sabia da comercialização ilegal. Parte da carga procurada foi localizada em outro endereço.

Na mesma linha, o primo de Eduardo foi autuado em flagrante por fraude processual, pagou fiança e respondeu em liberdade. Ele foi ouvido pelos investigadores, que apuram eventual participação nas transações, já que possui uma tabacaria dentro de uma comunidade.

A Polícia Civil também verifica se Eduardo atuava como intermediário na distribuição de cigarros de origem ilícita em Niterói. Em 2023, ele já havia sido preso em flagrante com um carregamento roubado do produto.

Próximos passos: corpo, autoria e confirmação da motivação

Com o segundo suspeito preso, a investigação tenta avançar em três frentes: localizar o corpo da vítima, identificar todos os envolvidos e confirmar, com evidências, a motivação do crime.