Policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com apoio de agentes da Polícia Federal, realizam a segunda fase da Operação Águia Sempre, nesta quarta-feira (27). O objetivo principal é o cumprimento de mandado de busca e apreensão em endereços da pessoa identificada como a responsável por realizar o pagamento do voo que vitimou o piloto Adonis Lopes Oliveira na tentativa de resgate a presos no presídio Vicente Piragibe, no Complexo de Bangu, unidade destinada a membros da maior facção criminosa do estado. (Assista os vídeos abaixo)
Outro alvo da operação é um dos homens que sequestrou o helicóptero. Há um mandado de prisão aberto contra ele. As equipes atuam nas cidades de Niterói e de São Gonçalo.
A primeira etapa da operação apreendeu o dinheiro usado no pagamento do trajeto aéreo, no valor de R$ 14,5 mil, e identificou os criminosos que participaram diretamente da ação. Desde então os dados foram compartilhados com a Polícia Federal.
Relembre o caso
A Polícia Civil do RJ emitiu uma nota esclarecendo o ocorrido durante o sequestro do piloto da Polícia Civil Adonis Lopes de Oliveira, de 57 anos, no dia 19 de setembro. Veja na íntegra a nota da Polícia Civil: “A Polícia Civil esclarece que dois passageiros contrataram um vôo para Angra dos Reis pela manhã com retorno previsto para esta segunda-feira. No final da tarde informaram que voltariam hoje, como o piloto que fez o vôo não estava se sentindo bem, solicitou ajuda de outro colega. Após a decolagem o piloto que substituiu o que passou mal foi rendido e avisado que deveria ir para o presídio de Bangu. Durante o trajeto o piloto realizou uma manobra para pousar em um batalhão da Polícia Militar. Ao perceber a manobra, os marginais agarraram o piloto e o comando, que entrou em luta corporal com os criminosos. Após alguns segundos, percebendo que o helicóptero cairia, deixaram o piloto voltar a conduzir a aeronave. Os bandidos desistiram do plano e mandaram o piloto seguir para Niterói, onde pularam do helicóptero em uma área de mata que, em seguida, pousou no Grupamento de Aeromóvel da Polícia Militar de Niterói. Buscas foram realizadas na região para localizar os criminosos. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO), que será investigado para identificar, prender os bandidos e esclarecer todos os fatos”
O piloto Adonis Lopes, que tem 35 anos de polícia civil, em entrevista à BandNews FM Rio de Janeiro na manhã da segunda-feira (20/09), relatou que os criminosos saltaram do helicóptero em um platô na Comunidade do Caramujo, em Niterói. Adonis também fez diversos relatos em sua entrevista, dentre eles, o piloto contou que parecia que os criminosos portavam dois fuzis e duas pistolas. O piloto disse que o percurso todo com os criminosos na aeronave durou cerca de 50 minutos e que os criminosos não perceberam que ele era policial. Adonis disse na entrevista que estava desarmado no voo.
Assista o momento da manobra:
Vídeo mostra dupla saindo da aeronave em Niterói
Imagens obtidas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) mostram o momento em que Marcos Antônio da Silva, Pará ou Parazinho, e Khawan Eduardo Costa Silva, ambos integrantes de uma facção do tráfico de drogas, fogem do helicóptero pilotado pelo policial civil Adônis Lopes de Oliveira. Na imagem, a aeronave aparece próxima ao solo no Morro do Castro, em Niterói, e a dupla que havia rendido o piloto corre em disparada. A polícia afirma que foram eles que alugaram o helicóptero com o objetivo de resgatar presos do Presídio Vicente Piragibe, no Complexo de Gericinó, em Bangu. Assista: