Divulgação/Polícia Federal
Divulgação/Polícia Federal

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30/10), a Operação Olho de Hórus XII, voltada a reprimir o armazenamento e o compartilhamento de material com cenas de abuso sexual infantojuvenil na internet.

Nesta fase da operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, na Baixada Fluminense. Durante as ações, os agentes apreenderam um computador e um celular pertencentes aos investigados, que serão encaminhados para perícia técnica criminal.


Investigação começou a partir de operação no Rio Grande do Sul

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2021, após a prisão em flagrante de um dos envolvidos durante uma operação conduzida pela Superintendência da PF no Rio Grande do Sul.

A análise dos materiais apreendidos naquela ocasião revelou que moradores do Rio de Janeiro participavam de um grupo em aplicativo de mensagens, onde eram compartilhados arquivos ilícitos envolvendo crianças e adolescentes. A partir dessa descoberta, a PF deu sequência às investigações, o que resultou na 12ª fase da Operação Olho de Hórus, deflagrada agora no estado do Rio.


Terminologia e importância da conscientização

Embora a legislação brasileira ainda utilize o termo “pornografia infantil” (art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990), a comunidade internacional tem substituído essa expressão por “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual infantojuvenil”.

Essa mudança busca enfatizar a gravidade e o impacto das violações cometidas contra as vítimas, deixando claro que se trata de crimes de violência e exploração, e não de mero conteúdo pornográfico.


PF reforça alerta a pais e responsáveis

A Polícia Federal aproveitou a operação para reforçar o alerta a pais e responsáveis sobre a importância de monitorar a vida digital das crianças e adolescentes.
Segundo o órgão, acompanhar o uso de redes sociais, jogos e aplicativos é uma das medidas mais eficazes para prevenir situações de abuso online.

“Conversar abertamente sobre os riscos da internet e observar mudanças de comportamento — como isolamento repentino ou sigilo excessivo no uso do celular — são atitudes que podem salvar vidas”, destacou a corporação em nota.

Além disso, a PF orienta que crianças e adolescentes devem saber identificar e denunciar contatos inapropriados em ambientes virtuais, buscando ajuda imediata com responsáveis ou autoridades.


Conscientização é ferramenta de prevenção

A Polícia Federal ressalta que a informação é a principal ferramenta de prevenção contra abusos sexuais. Ensinar os jovens a usar a tecnologia de forma segura e a denunciar situações suspeitas é fundamental para garantir um ambiente digital mais protegido e responsável.

A corporação reforça que a colaboração da sociedade é essencial para identificar e responsabilizar autores desse tipo de crime, que frequentemente se ocultam em redes e fóruns virtuais.