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Polícia fecha fábrica de azeite falsificado no Rio de Janeiro

Polícia fecha fábrica de azeite falsificado no Rio de Janeiro. Saiba mais sobre a operação que resultou na prisão de quatro pessoas.

Reprodução/TV Globo
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Uma operação da 35ª Delegacia de Polícia (Campo Grande) resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas, nesta quinta-feira (07/11), acusadas de praticar crimes contra a relação de consumo e fraudes no comércio. O grupo foi capturado em um galpão clandestino no bairro de Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde funcionava um esquema ilegal de falsificação e adulteração de azeite de oliva.

Galpão clandestino e produção ilegal de azeite falsificado

Após uma investigação conduzida pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil, os agentes localizaram um galpão que operava como linha de produção de azeite falsificado. No local, foram apreendidos equipamentos industriais, garrafas, rótulos falsos e material para envase e rotulagem. Segundo o delegado Marco Castro, o esquema incluía dois tipos de fraude:

  1. Mistura de Produtos Inferiores: 70% de óleo de soja era misturado com restos de azeite de baixa qualidade para criar uma marca fictícia, que era vendida como azeite premium.
  2. Reembalagem de Produtos Irregulares: Azeites impróprios, com ordem de recolhimento do Ministério da Agricultura, recebiam novas garrafas e rótulos para serem revendidos como produtos originais.

“Criaram uma marca inexistente. Quem comprava não conseguia perceber que era falso, pagando preço de um produto legítimo por algo de baixa qualidade”, explicou o delegado.

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Presos em flagrante e investigações em curso

Os policiais encontraram quatro funcionários no galpão, que, segundo informações, haviam se deslocado de Minas Gerais e estavam alojados no local. Eles foram presos em flagrante e autuados por crimes contra a economia popular. Apesar disso, foram liberados após pagamento de fiança.

A polícia agora investiga se os mercados que revendiam o azeite falsificado tinham conhecimento da fraude. Além disso, o Ministério da Agricultura foi acionado para realizar análises das amostras apreendidas e determinar se o produto representa riscos à saúde dos consumidores. O laudo deve ser divulgado em até 30 dias.

Galpão interditado e medidas futuros

Ainda nesta quinta-feira, a Polícia Civil interditou o galpão em Barra de Guaratiba. O caso serve de alerta para os consumidores, que devem ficar atentos à procedência e qualidade dos produtos adquiridos.