Nesta terça-feira (29), policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) do Rio de Janeiro iniciaram uma operação para desmantelar um sofisticado esquema de fraudes bancárias. A investigação mira uma organização criminosa altamente especializada em invasão de dados, manipulação de informações cadastrais e roubo de valores diretamente das contas do Banco do Brasil. Os policiais têm como objetivo cumprir seis mandados de busca e apreensão, que incluem alvos na capital fluminense, Baixada Fluminense e no estado do Mato Grosso. (Vídeo abaixo)
Prejuízo estimado em R$ 40 Milhões
Segundo a investigação, a quadrilha causou um prejuízo superior a R$ 40 milhões. O esquema contava com o apoio direto de funcionários do banco, incluindo um gerente no Mato Grosso, um especialista em tecnologia da informação e terceirizados. Esses colaboradores facilitavam a inserção de scripts maliciosos nos sistemas, permitindo que os criminosos acessassem remotamente os computadores do banco para realizar transações fraudulentas, cadastrar dispositivos, modificar dados biométricos e alterar informações cadastrais dos clientes.
Banco do Brasil colabora com a investigação
Em nota, o Banco do Brasil informou que as investigações começaram após uma auditoria interna identificar irregularidades, que foram prontamente comunicadas às autoridades policiais. O banco reiterou que está colaborando com a polícia, fornecendo informações e apoio para desmantelar o esquema de fraudes.
O Banco do Brasil também destacou que possui um rigoroso sistema de controle para apurar denúncias de irregularidades e que suas normas internas prevêem sanções administrativas, que podem variar de advertência e suspensão até demissão.
“O BB, no seu âmbito de atuação, colabora com as autoridades na investigação de fraudes com repasse de informações e subsídios; e possui processos estabelecidos para apuração e análise de denúncias de irregularidades envolvendo a conduta de funcionários. Normativos internos preveem soluções administrativas passíveis de aplicação, que vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo e demissão”, diz a nota.
Participação de funcionários no esquema
As investigações indicam que membros do banco, incluindo um gerente e técnicos de TI, desempenhavam um papel crucial no esquema, facilitando o acesso remoto aos sistemas e permitindo o roubo de informações confidenciais. Com essas permissões, o grupo realizava transações fraudulentas em nome de clientes.
A operação da DRF busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também reforçar a segurança dos sistemas financeiros e proteger os clientes contra fraudes.