Divulgação/PF
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (31/10), a Operação Sentinela, com o objetivo de combater crimes de abuso sexual infanto juvenil na internet. A ação aconteceu em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde um mandado de busca e apreensão foi cumprido por determinação da 1ª Vara Criminal da cidade.

Durante as buscas, os agentes apreenderam o celular do suspeito, que será encaminhado para perícia técnica criminal, a fim de identificar possíveis provas e outros envolvidos.

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Investigação começou na internet

O inquérito foi instaurado pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, que identificou atividades ilegais na internet relacionadas à produção, armazenamento e compartilhamento de conteúdo de abuso sexual de crianças e adolescentes.

Após diligências virtuais e presenciais, os investigadores conseguiram identificar o usuário suspeito, que, segundo a PF, armazenava e compartilhava imagens ilícitas.
Ele poderá responder pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


Termos e legislação

Embora a lei ainda utilize o termo “pornografia infantil” (art. 241-E do ECA), a comunidade internacional e especialistas em direitos humanos reforçam que o termo mais adequado é “abuso sexual de crianças e adolescentes”, já que reconhece o caráter violento e criminoso dessas práticas.

Esses crimes envolvem situações de exploração sexual explícita, reais ou simuladas, e são tratados como graves violações dos direitos humanos.


Alerta aos pais e responsáveis

A Polícia Federal reforçou a importância da vigilância digital por parte dos pais e responsáveis, destacando que a prevenção é a principal ferramenta de proteção.

“Conversar abertamente com as crianças, explicar os riscos da internet e observar mudanças de comportamento são atitudes essenciais”, destacou a PF em nota.

A instituição orienta que isolamento repentino, segredos sobre o uso do celular e mudanças bruscas de humor podem indicar situações de risco. Além disso, é fundamental ensinar crianças e adolescentes a denunciar contatos suspeitos em jogos, redes sociais e aplicativos de mensagens.