Operação Águas Claras

Operação busca origem de tolueno que deixou Niterói e região sem água

Divulgação
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A força-tarefa do governo do Estado do Rio de Janeiro deu início, nesta segunda-feira (8), à Operação Águas Claras. O objetivo é rastrear a origem da contaminação que resultou na interrupção do fornecimento de água para aproximadamente 2 milhões de pessoas em Niterói e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro durante, no mínimo, três dias na semana passada.

Integrantes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), com a colaboração de outras unidades da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), estão conduzindo operações de busca em 16 companhias que empregam tolueno em seus processos produtivos. Dessas, 14 estão localizadas no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Durante a inspeção em uma das primeiras empresas alvo da fiscalização, a polícia realizou uma perícia no estabelecimento, e o técnico responsável foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos.

Este procedimento foi uma resposta ao incidente ocorrido na última quarta-feira (3), quando a Cedae foi forçada a suspender a captação de água na Estação de Imunana-Laranjal devido à detecção de altos níveis de tolueno, um solvente que apresenta graves riscos à saúde humana quando ingerido ou inalado, no recurso hídrico.

O sistema Imunana-Laranjal é responsável por abastecer com água tratada os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, localizados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, além de uma parte de Maricá e a Ilha de Paquetá.

A normalização do fornecimento de água ocorreu somente no final da noite de sexta-feira (5), após a estabilização dos níveis. A partir daí, a unidade foi reconectada, e a distribuição de água foi gradativamente restabelecida durante o final de semana.

A determinação judicial exigiu a execução de mandados de busca e apreensão em depósitos que armazenam produtos químicos de maneira inadequada. Isso inclui a coleta de amostras de tolueno, para que sejam comparadas com as substâncias encontradas nas amostras analisadas pela Cedae, além da apreensão de documentos relacionados à compra de tolueno e quaisquer outros materiais que possam comprovar a ocorrência de delitos contra o meio ambiente.

O que diz a Águas de Niterói

O último informe da Águas de Niterói sobre o caso, diz que “toda a cidade já está recebendo água, mas alguns locais pontuais, principalmente em pontas de rede, ainda podem estar com algum reflexo no abastecimento. Em caso de necessidade, os clientes podem entrar em contato pelos canais de relacionamento da concessionária: WhatsApp 21 97211-8064, aplicativo Cliente Águas, site www.aguasdeniteroi.com.br ou 0800 723 1222.”