O terror da insegurança vivido por bancas em Niterói

Niterói - A cidade de Niterói enfrenta uma preocupante escalada de crimes contra bancas de jornais. De acordo com a Associação dos Proprietários de Bancas de Jornais (Abropan), o número de arrombamentos e furtos aumentou significativamente no último mês, gerando um clima de insegurança entre os jornaleiros e moradores da cidade.

Crimes quase diários

Antônio Ciambarella, diretor da Abropan, revelou que os arrombamentos ocorrem com frequência alarmante, muitas vezes durante a madrugada, quando as ruas estão desertas. “Quase todos os dias temos registros de arrombamentos. Os criminosos geralmente são pessoas em situação de rua, que fingem dormir perto das bancas para cometer os delitos. Eles focam principalmente em cigarros, mas levam qualquer coisa que possam vender para sustentar o vício”, afirmou.

Em um caso registrado por câmeras de segurança no dia 28 de dezembro, um homem foi flagrado utilizando um alicate para quebrar os cadeados de uma banca. Em outro caso, os criminosos desmontaram a porta de um estabelecimento, deixando o local completamente bagunçado.

Prejuízos elevados

Na tarde desta quinta-feira (2), uma banca localizada na Rua Padre Francisco Lana, em Santa Rosa, foi alvo de assalto à luz do dia. O criminoso levou cinco caixas de cigarros, causando um prejuízo estimado entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. (Vídeo abaixo) Segundo Adalmir Ferreira, proprietário de cinco bancas na cidade e diretor da Abropan, esses ataques não são isolados. Ele destacou que, muitas vezes, o dano causado no arrombamento supera o valor das mercadorias furtadas.

“Os custos com a troca de portas e reparos podem chegar a R$ 2 mil, enquanto o valor do furto muitas vezes não ultrapassa R$ 500. Além disso, a banca precisa ficar fechada por dois ou três dias, prejudicando ainda mais as vendas”, explicou Adalmir.