Niterói registrou apenas 13 casos de roubo em ônibus no primeiro semestre de 2025, alcançando o menor número de ocorrências desde o início da série histórica acompanhada pelos órgãos de segurança.
O dado chama atenção porque esse foi o único indicador de criminalidade com queda no período, enquanto outros tipos de roubo apresentaram aumento na cidade.
Entre os quatro crimes monitorados pelo Mapa do Crime, o roubo em coletivo foi o único que manteve trajetória de redução em Niterói. Em sentido oposto, os roubos a transeunte, de celular e de veículos tiveram crescimento no primeiro semestre deste ano quando comparados ao mesmo período de 2024.
O histórico mostra que os roubos em ônibus atingiram seu ponto mais alto em 2021, quando foram contabilizadas 114 ocorrências. Desde então, os números vêm caindo de forma contínua. Em 2025, o total de registros caiu para 13 casos em toda a cidade, o patamar mais baixo da série.
Distribuição dos casos nos bairros
A redução também aparece de forma expressiva na distribuição territorial dos crimes. Nenhum bairro de Niterói registrou mais de duas ocorrências no semestre, e 41 dos 51 bairros analisados não tiveram nenhum caso de roubo em coletivo.
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O Fonseca, que liderou o ranking desse tipo de crime em 2021 com 33 registros, não contabilizou nenhuma ocorrência no primeiro semestre de 2025. Segundo policiais e especialistas ouvidos por veículos de imprensa, a queda está relacionada a um trabalho conjunto entre a prefeitura e as forças de segurança, com foco no mapeamento de criminosos e das linhas de ônibus mais vulneráveis.
O que é o Mapa do Crime
O Mapa do Crime é uma ferramenta interativa desenvolvida pelo jornal O Globo para monitorar a evolução dos roubos no Rio de Janeiro e em Niterói. A plataforma busca responder perguntas como quais bairros concentram mais ocorrências, onde os crimes avançaram e quais períodos do dia apresentam maior risco.
Após o lançamento da primeira edição, com dados de 2024 da capital fluminense, a segunda versão passou a reunir informações do primeiro semestre de 2025. Ao todo, são analisados quatro tipos de crime: roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo.
Dados detalhados e metodologia
A base de dados do Mapa do Crime foi construída a partir de microdados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão é responsável por consolidar as estatísticas oficiais da segurança no estado.
Embora o ISP divulgue mensalmente indicadores por áreas de batalhões e delegacias, o projeto solicitou informações mais detalhadas, permitindo identificar o bairro onde cada crime foi registrado. Essa é a menor unidade territorial disponibilizada pelo instituto e representa a primeira vez que dados criminais no Rio de Janeiro são apresentados com esse nível de precisão.