Operação Asfixia

Niterói intensifica Operação Asfixia e interdita ferros-velhos

A Prefeitura de Niterói e a Polícia Civil realizam nova fase da Operação Asfixia contra ferros-velhos clandestinos e crime organizado.

Foto: Bruno Eduardo Alves
Foto: Bruno Eduardo Alves

Niterói - A Prefeitura de Niterói, por meio do Gabinete de Gestão Integrada, em parceria com a Polícia Civil, deflagrou nesta segunda-feira (14) mais uma etapa da Operação Asfixia, reforçando o combate à receptação de materiais furtados e aos crimes contra o patrimônio. A ação faz parte da Operação Cavalo de Troia, coordenada pela 77ª DP (Icaraí) e liderada pelo delegado Vilson de Almeida Silva. Esta foi a quarta operação conjunta realizada na cidade em menos de um mês.

Ações em áreas dominadas por facções

Com foco em ferros-velhos clandestinos situados em zonas sensíveis de Niterói, onde há influência de organizações criminosas, a operação contou com o apoio da Guarda Municipal, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e do Departamento de Fiscalização de Posturas. A iniciativa é baseada em dados de inteligência compartilhados entre as delegacias e a gestão municipal.

No total, quatro ferros-velhos foram alvo da operação. Dois estabelecimentos foram interditados por irregularidades graves, enquanto os outros dois receberam notificações administrativas. As equipes ainda apreenderam 13 máquinas caça-níqueis, bombas d’água, cobres, tampas de bueiro, portões e outros itens com indícios de furto. Além disso, uma bicicleta e uma motocicleta roubadas foram recuperadas no local.

Avanço estratégico da Operação Asfixia

Nesta nova fase, as ações saíram do perímetro urbano comum e avançaram para locais com forte presença de atividades ilegais, como o Morro do Cavalão, onde foram encontradas máquinas de jogos de azar. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no bairro de Santa Rosa, expedidos pela juíza Juliana Grillo El Jaick, a partir das investigações da 77ª DP.

Segundo o secretário do Gabinete de Gestão Integrada, Felipe Ordacgy, esta etapa foi cuidadosamente planejada para alcançar estabelecimentos ocultos que alimentam o comércio ilegal.

“A Operação Asfixia entrou em nova fase, atuando estrategicamente contra a segunda camada de estabelecimentos clandestinos de receptação. Seguiremos com ações integradas para manter o controle e a ordem no território da cidade”, declarou Ordacgy.

Vínculos com o tráfico

O delegado Vilson de Almeida Silva destacou que os objetos furtados eram levados a ferros-velhos localizados no Cavalão, que mantinham ligação com o tráfico de drogas. A estrutura criminosa oferecia proteção para a atividade de receptação de materiais furtados, segundo ele.

“As investigações da 77ª DP identificaram que objetos furtados em Niterói estavam sendo levados a ferros-velhos no Morro do Cavalão. Esses estabelecimentos mantinham vínculos com o tráfico de drogas, utilizando a estrutura criminosa como proteção para manter atividades ilegais”.

Histórico da operação

A Operação Asfixia já percorreu bairros como Fonseca, Barreto, Engenhoca e Região Oceânica, resultando na interdição de diversos ferros-velhos e prisões por irregularidades. Em uma ação anterior, a Prefeitura, em conjunto com a Delegacia de Roubos e Furtos, também interditou um prédio invadido no Buraco do Boi, usado para a venda de produtos furtados, e prendeu cinco homens.