Polícia

Mulher é presa por falsificar e vender remédios falsos em Niterói

Divulgação
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Na manhã desta quarta-feira (12), Carla Alessandra de Andrade foi presa em flagrante em sua residência, em Niterói, por falsificar e vender um medicamento vital para o tratamento de doenças graves.

A investigação começou após pacientes do Hospital Universitário Antônio Pedro denunciarem a venda de medicamentos falsos.

O medicamento em questão, a imunoglobulina, é usado no tratamento de doenças imunológicas e neurológicas e custa no mínimo R$ 2.500 por frasco, com aplicação obrigatória em unidades de saúde.

Os pacientes deveriam receber o medicamento gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, quando os estoques estão baixos, a Secretaria Estadual de Saúde fornece recursos para que os próprios pacientes possam comprar o medicamento, mas somente de distribuidores credenciados, pois ele não pode ser vendido em farmácias.

Alessandra, que foi representante de uma distribuidora por mais de 10 anos, criou uma base de clientes fiel fornecendo medicamentos originais. Alguns meses atrás, ela informou a seus clientes que havia mudado de empresa, mas passou a aplicar o golpe usando o endereço de uma casa abandonada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, como a sede oficial da suposta nova distribuidora.

Os frascos falsos tinham a identificação da Bayer, embora a empresa tenha emitido uma nota em 2022 afirmando que não produz, importa ou comercializa imunoglobulina.

A polícia enviou amostras do medicamento falsificado para perícia para identificar a substância contida nos frascos.

A investigação busca identificar outros envolvidos na fabricação e distribuição dos medicamentos falsificados e espera obter mais depoimentos de vítimas. Carla Alessandra de Andrade responderá por venda de mercadoria imprópria para consumo, falsificação de produtos medicinais e tráfico de drogas.

Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde garantem abastecimento de imunoglobulina

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que desde 2021 não há falta de imunoglobulina nas farmácias do estado, e que os pacientes estão recebendo o medicamento regularmente. A Secretaria também esclareceu que não fornece dinheiro para a compra de remédios em distribuidoras.

O Ministério da Saúde, responsável pela compra do medicamento em todo o país, confirmou que a rede do SUS está devidamente abastecida.