Neste sábado (12), durante o feriado de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças, uma confusão envolvendo o candidato a prefeito de Niterói, Carlos Jordy (PL), e militantes do PDT, apoiadores do candidato Rodrigo Neves, movimentou o Campo de São Bento, em Icaraí, Zona Sul de Niterói.
A confusão começou após Jordy ter se irritado com um panfleto distribuído pelos militantes, que continha críticas ao seu mandato como deputado federal. Jordy retirou os panfletos das mãos de um jovem que fazia campanha para Rodrigo Neves e gravou um vídeo visivelmente irritado.
O panfleto dizia que:
- “Jordy como deputado federal foi o representante da cidade na Câmara dos Deputados que menos trouxe recursos para Niterói. Menos de 2% dos mais de R$ 100 milhões a que tinha direito em emendas parlamentares.”
- “Jordy votou contra a tarifa de água mais barata para pessoas em extrema pobreza.”
- “Seus aliados votaram contra a Moeda Arariboia.”
- “Jordy votou para soltar Chiquinho Brazão, mandante do assassinato de Marielle Franco.”
- “Jordy votou a favor da MP que liberou obras e devastação em áreas protegidas de Mata Atlântica.”
- “Jordy votou a favor da liberação do trabalho infantil.”
- “Jordy já foi condenado por espalhar notícias falsas e é investigado pela Polícia Federal por outros crimes.”
- E no final o panfleto diz que “Quem nunca fez nada por Niterói, não merece ser nosso prefeito. Dê um Google.”
Acusações, confusão e delegacia
Após o episódio, Jordy teria ordenado a prisão dos militantes, entre eles Miguel Vitoriano, de 74 anos. A Polícia Militar foi acionada e os envolvidos foram encaminhados à 77ª DP. No entanto, os policiais civis se recusaram a registrar a ocorrência, alegando que o caso deveria ser tratado pela Polícia Federal. Os militantes então se dirigiram à sede da PF no Rio de Janeiro, pois a unidade de Niterói estava fechada devido ao feriado. Jordy não acompanhou o grupo, mas membros de sua equipe seguiram para a PF.
Posição de Carlos Jordy
O candidato do PL alegou que os panfletos violam o artigo 325 da lei 4.737, que proíbe a difamação de candidatos na propaganda eleitoral com fatos ofensivos à reputação.
Resposta da assessoria de Rodrigo Neves
Por outro lado, a assessoria de Rodrigo Neves informou que pretende processar Carlos Jordy por falsa comunicação de crime, impedimento de propaganda eleitoral e abuso de autoridade. Eles também afirmaram que o panfleto não difama Jordy, mas apenas informa sobre seu histórico como deputado federal.