Rafael Gonçalves Pacheco
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A prisão de um suspeito reacendeu a investigação sobre o desaparecimento do jornaleiro Eduardo Aguiar Ferreira, de 24 anos, visto pela última vez no fim de novembro em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de sequestro e morte, mas o corpo ainda não foi encontrado. Um segundo suspeito segue foragido, enquanto novas pistas — como um carro carbonizado — entram no radar dos investigadores.

Suspeito preso no caso do jornaleiro desaparecido em Niterói

A Polícia Civil do RJ prendeu, nesta sexta-feira (12), um dos suspeitos de sequestrar o jornaleiro Eduardo Aguiar Ferreira, de 24 anos, na Região Oceânica de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O crime aconteceu no final de novembro.

A investigação considera a hipótese de que Eduardo tenha sido morto após ser sequestrado. O corpo ainda não foi localizado. Um outro suspeito conseguiu fugir e é considerado foragido.

Mandado cumprido pela 81ª DP (Itaipu)

A 81ª DP (Itaipu) cumpriu um mandado de prisão contra Rafael Gonçalves Pacheco, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio. Já Thiago Bricio Nogueira ainda é procurado.

Carro carbonizado pode ter sido usado no sequestro

No dia 1º de dezembro, os investigadores encontraram o Toyota Corolla prata que supostamente teria sido usado durante o rapto de Eduardo. O carro estava carbonizado em Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Como foi o sequestro em Itaipu, segundo a investigação

Segundo testemunhas, no dia do crime, Eduardo — que trabalha em uma banca de jornal de Itaipu — seguia de moto pela Rua Jaerte de Pimentel Medeiros, no mesmo bairro, quando foi abordado por três homens em um carro prata.

Os suspeitos o retiraram da motocicleta e o colocaram no veículo. Em seguida, fugiram do local. Desde então, o jovem nunca mais foi visto.

Última localização do celular apontou Imbariê

A última localização registrada pelo celular de Eduardo, segundo a investigação, indicou o bairro de Imbariê — a cerca de 72 quilômetros de distância do ponto onde ocorreu o sequestro. Depois disso, o aparelho não emitiu novos sinais.

Linha de apuração: máfia do cigarro e comércio ilegal

Desde o início das investigações, os agentes trabalham com a hipótese de o crime ter sido motivado pela comercialização ilegal de cigarros.

Segundo a polícia, Eduardo já atuava no mercado de cigarros contrabandeados há algum tempo, e a ação dos criminosos teria ocorrido devido a esse envolvimento com o produto.

Buscas na casa do tio e prisão do primo por fraude processual

No dia 27 de novembro, três dias após o desaparecimento do jornaleiro, a polícia realizou uma busca na casa do tio do jornaleiro, que sabia da comercialização ilegal de cigarros.

Durante a ação, os agentes procuraram parte da carga de cigarros, mas o material acabou sendo apreendido em outro local.

Na ocasião, o primo de Eduardo foi autuado em flagrante por fraude processual, mas pagou fiança e obteve liberdade provisória.

Além disso, ele foi ouvido pelos agentes, que investigam sua possível participação nas transações ilegais de cigarros, já que possui uma tabacaria no interior de uma comunidade.

O que a polícia suspeita sobre o papel de Eduardo

A Polícia Civil suspeita que Eduardo atuava como intermediário na distribuição de cigarros de origem ilícita em Niterói. Em 2023, ele já havia sido preso em flagrante com um carregamento roubado do produto.