SOCIAL – A Prefeitura de Niterói lançou nesta quarta-feira (24/05), a Rede de Solidariedade. O projeto, da Secretaria Municipal de Assistência Social, vai contribuir para o abastecimento do Banco Municipal de Alimentos Herbert de Souza, no Centro de Niterói, que passou por uma reestruturação. Supermercados, indústrias alimentícias e produtores culturais participarão do programa com doações que serão levadas a pessoas atendidas pelo Programa Médico de Família, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e por entidades como a Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef).
Na cerimônia de lançamento da Rede de Solidariedade, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou a criação da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional. O órgão tem como missão discutir assuntos relacionados à Rede de Solidariedade, como a manipulação de alimentos e parcerias.
“Niterói, mais uma vez, sai na frente. Meu primeiro ato nesta gestão foi reabrir o restaurante popular Jorge Amado e, hoje, temos um momento marcante com a implantação da Rede de Solidariedade, além da reestruturação do banco municipal de alimentos. Também dobramos o número de vagas de acolhimento para moradores de rua. Todas essas ações formam uma rede de proteção social que vem sendo fortalecida em Niterói”, enfatiza Rodrigo Neves.
Supermercados como o Carrefour (lojas Manilha e Alcântara) e o Prezunic (Icaraí e Fonseca) estão entre os primeiros parceiros nesta iniciativa, assim como o Banco Rio de Alimentos, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Clube de Regatas do Flamengo.
“Esta é uma iniciativa muito importante. Estamos mobilizando a sociedade civil, empresas, supermercados, que vão integrar esta rede fornecendo alimentos que são desperdiçados, mas que ainda têm valor nutricional. O banco municipal foi preparado com estrutura adequada para receber esses alimentos. Cada morador também pode fazer a sua parte para que a gente possa ter uma cidade cada vez mais sustentável, que olha por todos, sobretudo nesses momentos de crise, como a que vive hoje o Estado do Rio”, diz Rodrigo Neves.
A secretária municipal de Assistência Social, Verônica Lima, ressaltou a importância dessas ações na cidade para garantir o direito fundamental de alimentação saudável e segura para as pessoas com necessidades nutricionais. De acordo com Verônica, o banco municipal de alimentos já possui em seu cadastro 1500 pessoas, em um total de 10 instituições, cada uma com cerca de 150 usuários. “A meta é chegar a 80 instituições até o final do ano e fornecer alimentos para 12 mil pessoas por mês”, diz Verônica, contando que está sendo planejado um jogo de futebol no fim do ano para a arrecadação de alimentos.
A secretária explica, ainda, que supermercados e indústrias alimentícias fazem doações de alimentos que estão perto da data de validade ou fora do padrão comercial, com problemas na embalagem, por exemplo. Verônica explica que os alimentos recebidos passam por uma análise da nutricionista e da engenheira de alimentos do banco e, sendo liberados para consumo, são direcionados para doação. “Todos precisam entender que é necessária uma redução do desperdício de alimentos como desafio”, reforça Verônica.
Além de entidades como a Andef e a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada), o Banco de Alimentos atende pacientes do Programa Médico de Família, que encaminha pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade alimentar para os Cras para que sejam referenciadas.
Em seguida, o órgão envia as informações para o Banco Municipal de Alimentos que indicará, conforme cada caso, as instituições assistenciais cadastradas que prestarão o atendimento adequado, entregando as doações, tendo como referência a indicação do Médico de Família no que diz respeito ao tempo necessário da assistência e a composição nutricional da cesta.
Os alimentos são adquiridos através de doações de supermercados, indústrias alimentícias e produtores culturais de Niterói, que recebem a prestação de contas sobre a destinação dos alimentos. Os doadores solidários se comprometem a fazer doações contínuas, de acordo com sua possibilidade. Os alimentos adquiridos são estocados na sede do Banco Municipal de Alimentos, equipamento com estrutura física e profissional adequada à conservação de alimentos até que sejam entregues às famílias.
Fotos: Bruno Eduardo Alves