
O Rio de Janeiro ampliou a área cultivada e vai colher 9,2 mil toneladas de grãos na safra 2024/2025, alta de 2,2%. No plano nacional, o Brasil crava recorde histórico: 350,2 milhões de toneladas. O resultado sinaliza abastecimento mais seguro e estabilidade de preços para o consumidor.
Rio de Janeiro amplia produção na safra 24/25
Divulgado nesta quinta-feira, 11 de setembro, o 12º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 da Conab confirma o avanço fluminense.
Área produtiva em expansão
- A área cultivada no RJ passou de 2,7 mil ha (23/24) para 2,8 mil ha (24/25), alta de 3,7%.
- A produção subiu de 9 mil t para 9,2 mil t, crescimento de 2,2%.
Feijão e milho puxam a alta no estado
- Feijão: de 1,3 mil t para 1,4 mil t (+7,7%).
- Milho: de 6,8 mil t para 7 mil t (+2,9%).
Impacto: mais oferta local, apoio à segurança alimentar e fôlego a pequenos e médios produtores.
Brasil bate recorde histórico: 350,2 milhões de toneladas
A safra 2024/25 fecha em 350,2 milhões t, superando 324,36 milhões t de 2022/23. O volume é 16,3% maior que o da temporada anterior, um ganho de 49,1 milhões t. Milho, soja, arroz e algodão respondem por cerca de 47 milhões t desse avanço.

Autoridades destacam efeitos econômicos e sociais
Edegar Pretto, presidente da Conab:
“Apresentamos ao Brasil a maior safra agrícola da história, com 350,2 milhões de toneladas de grãos. Além disso, temos recordes na soja, com 171,5 milhões de toneladas, e no milho, com 139,7 milhões. A boa notícia também vem dos pequenos e médios agricultores, que colhem grandes safras de arroz e feijão. Voltamos a fazer estoques públicos depois de mais de uma década, o que fortalece a Conab como instrumento essencial para combater a fome”.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária:
“Esse resultado garante estabilidade de preços internos, contribui para o controle inflacionário e fortalece a balança comercial, que também registra recordes. Isso mostra que não é coincidência: agricultura forte significa oportunidade de crescimento econômico”.
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar:
“Estamos vivendo um momento em que há deflação dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O país saiu do Mapa da Fome, temos recorde de exportação e fortalecemos a soberania alimentar. É a presença do Estado garantindo um propósito fundamental para o povo brasileiro”.
Expansão de 81,7 milhões ha e clima favorável
- A área plantada cresceu 1,9 milhão ha, de 79,9 mi ha (23/24) para 81,7 mi ha (24/25).
- Condições climáticas foram positivas, sobretudo no Centro-Oeste (destaque para o Mato Grosso).
- A produtividade média nacional subiu 13,7%, estimada em 4.284 kg/ha (era 3.769 kg/ha em 23/24).

Soja: recorde de 171,5 milhões t
- Produção: 171,5 milhões t, aumento de 20,2 milhões t sobre 23/24.
- Produtividade média: 3.621 kg/ha (maior já registrada pela Conab).
- Maior produtividade: Goiás, com 4.183 kg/ha.
- Menor produtividade: Rio Grande do Sul, com 2.342 kg/ha, após altas temperaturas e precipitações irregulares entre dezembro e o fim de fevereiro.
Milho: colheita recorde em três safras
- Produtividade média: 6.391 kg/ha (recorde).
- Produção total: 139,7 milhões t (+20,9%).
- 1ª safra: 24,9 milhões t (+8,6%).
- 2ª safra: 112 milhões t (+24,4%), com 97% da área colhida e 3% em maturação.
- 3ª safra: 2,7 milhões t, com lavouras em desenvolvimento.
Algodão: pluma chega a 4,1 milhões t
- Produção de pluma: 4,1 milhões t (+9,7%).
- Área semeada: +7,3%.
- Situação no fim de agosto: 72,8% da área colhida e 27,2% em maturação.
Arroz: 12,8 milhões t e 4ª maior safra
- Produção: 12,8 milhões t (+20,6%).
- É a 4ª maior da série, atrás de 2010/2011, 2004/2005 e 2003/2004.
- Área semeada: +9,8%.
- Clima favorável, especialmente no Rio Grande do Sul, principal produtor.
Feijão: 3,1 milhões t garantem abastecimento
- Somando as três safras, o feijão deve alcançar 3,1 milhões t, assegurando o abastecimento interno.
O que muda para o consumidor e para o campo
- Preços mais estáveis no mercado interno.
- Reforço nos estoques públicos, reduzindo riscos de desabastecimento.
- Impacto positivo na balança comercial e no emprego rural.
- Avanço na segurança alimentar e apoio a pequenos e médios produtores.
Fontes: Conab (12º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25) e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.