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Reitoria da UFF divulga nota sobre operação da PF

Reitoria da UFF divulga nota sobre operação da PF

A Reitoria da Universidade Federal Fluminense divulgou uma nota sobre a Operação Quadro Negro, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) pela Polícia Federal. Confira a nota na íntegra, “A Reitoria da Universidade Federal Fluminense tomou conhecimento através da imprensa, na manhã de hoje, dia 17 de fevereiro de 2022, de informações de operação de busca e apreensão pela Polícia Federal, em inquérito de desvio de recursos públicos por servidores da UFF, entre 2011 e 2015. Comunicamos que estamos nos informando sobre a operação em curso, solicitando à Polícia Federal a cópia do inquérito para conhecimento dos fatos e instauração dos devidos procedimentos administrativos para apuração de responsabilidade, no que couber. Como é nosso dever, colocamos todos os setores da administração da Universidade para cooperar com as autoridades nas investigações. Reiteramos que somos os maiores interessados no rápido esclarecimento dos fatos e temos confiança de que serão adotados os princípios do estado democrático de direito no curso das investigações.”

Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Quadro Negro. Segundo a PF o objetivo é desarticular organização criminosa envolvida em desvio de verbas destinadas à educação pública na Universidade Federal Fluminense – UFF. Na ação de hoje, cerca de 20 policiais federais cumpriram 4 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, sendo dois em Niterói e dois na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, a investigação foi iniciada em 2015 e identificou desvio de verbas na ordem de R$ 3,7 milhões em contratações emergenciais e ordinárias entre a UFF e uma grande empresa de terceirização de mão de obra, no período de 2011 a 2015.

“A fraude ocorria na contratação da empresa, e a cada pagamento pela execução do contrato eram feitos pagamentos a um instituto ou uma empresa de consultoria de propriedade e controle de um professor e servidor da UFF, que utilizava um contrato de prestação de serviço fictício de consultoria para justificar os recebimentos. Parte dos pagamentos recebidos pelo servidor através de seu instituto e sua empresa de consultoria eram, então, repassados a um outro servidor da UFF, diretamente ou por meio de seus familiares. Esse servidor – beneficiário final do desvio de verba – era o responsável pelos trâmites relacionados à abertura do processo de escolha da empresa (licitação ou contratação emergencial), sua seleção e posterior execução do contrato administrativo, incluindo sua fiscalização, ao longo de vários anos. A operação busca ainda identificar se os desvios de verba destinados à educação pública federal continuaram após o ano de 2015. São investigados crimes de licitação, peculato (desvio de verba), organização criminosa e lavagem de dinheiro.” afirmou a Polícia Federal.