Receita Federal emite alerta geral para todos os usuários do Pix em 2025
Receita Federal não rastreia Pix individualmente

A Receita Federal esclareceu oficialmente que não rastreia transações individuais realizadas por Pix. A falsa informação, usada por golpistas, foi desmentida após a revogação da IN 2.219/2024.

O comunicado visa combater o pânico gerado por fake news que circularam em redes sociais e aplicativos de mensagem após mudanças recentes na legislação.

Receita não monitora transferências por Pix uma a uma

A Receita Federal reforçou que não recebe dados específicos sobre valor, tipo ou destino de cada Pix feito por usuários. O que existe, na verdade, é um relatório mensal com movimentações totais quando ultrapassam R$ 2 mil (pessoa física) e R$ 6 mil (pessoa jurídica).

Essas informações vêm dos bancos tradicionais e não envolvem fintechs, que não são obrigadas a enviar esses relatórios sob a nova legislação em vigor. Isso invalida completamente as mensagens que dizem que o Pix será monitorado ou taxado individualmente.

Como surgem as fake news sobre Pix e o que elas escondem?

As fake news sobre o Pix se intensificam durante operações policiais e fiscais contra fraudes financeiras, como a Operação Cadeia de Carbono (setembro de 2025) e a Operação Carbono Oculto (agosto de 2025), que combateram lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Golpistas usam o medo para confundir a população e atraplhar investigações em curso. Entenda como essas mensagens são construídas para enganar:

  • Circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais com aparência de urgência
  • Usam áudios e imagens falsas com nomes de órgãos oficiais
  • Servem como distração durante operações policiais e fiscais
  • Geram desinformação para atrair vítimas e dificultar fiscalizações

Atenção: nenhum alerta verdadeiro da Receita Federal é feito por áudio no WhatsApp. Desconfie sempre.

Receita Federal emite alerta geral para todos os usuários do Pix em 2025
Boatos sobre bloqueio de CPF por Pix são falsos – Créditos: depositphotos.com / rafapress

Por que as fintechs agora seguem os mesmos critérios dos bancos?

Com a revogação da IN 2.219/2024 em janeiro de 2025, as fintechs ficaram temporariamente isentas de enviar relatórios à Receita. Porém, em 29 de agosto de 2025, a Receita Federal publicou a IN RFB 2.278/2025, equiparando as obrigações das instituições de pagamento e participantes de arranjos de pagamento às dos bancos tradicionais.

Agora, as fintechs são obrigadas a enviar a e-Financeira (declaração eletrônica com dados de saldos, movimentações e operações financeiras) com o mesmo padrão exigido para instituições financeiras. As informações referentes ao 1º semestre de 2025 devem ser enviadas até 31 de outubro de 2025. A partir de 2026, o envio será semestral. Essa medida visa fechar brechas usadas para lavagem de dinheiro, evasão fiscal e financiamento de atividades ilícitas, alinhando toda a cadeia de pagamentos aos mesmos padrões de fiscalização.

Dica rápida: sempre que receber alertas sensacionalistas, consulte os canais oficiais antes de compartilhar.

O que fazer ao receber mensagens falsas sobre Pix e Receita Federal?

Receber uma fake news não é crime, mas repassá-la sem checar pode causar pânico coletivo. Para evitar isso, siga algumas atitudes simples que ajudam a interromper o ciclo da desinformação:

  • Não compartilhe prints, links encurtados ou áudios não confirmados
  • Verifique diretamente no site da Receita Federal e no portal e-CAC
  • Oriente pessoas próximas a desconsiderarem mensagens alarmistas
  • Denuncie perfis e canais que insistem em espalhar informações falsas

Atenção: qualquer conteúdo dizendo que o CPF será bloqueado por uso do Pix é mentira.

Saiba como denunciar fake news e golpes relacionados ao Pix

Combater golpes que usam o nome da Receita Federal exige ação rápida. Além de não compartilhar, é importante denunciar para que os conteúdos sejam removidos e investigados.

  • Use o portal e-CAC ou o site da Receita para denúncias formais
  • Envie prints com data, hora e nome de quem divulgou a fake news
  • Reportar diretamente nas plataformas como WhatsApp, Instagram e YouTube
  • Polícia Federal e Ministério Público também recebem denúncias desse tipo

Atenção: nunca clique em links desconhecidos nem abra anexos de fontes não confiáveis. Podem conter vírus ou armadilhas digitais.