A ponte Rio-Niterói não precisa mais ser interditada quando estiver ventando, graças ao projeto de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS), desenvolvido e patenteado pelo professor Ronaldo Battista, do Programa de Engenharia Civil da COPPE. (Vídeo abaixo)
Em 2004, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia – COPPE UFRJ, desenvolveu um projeto inédito para a rodovia. Os Atenuadores Dinâmicos Sincronizados – ADS, que consiste em um conjunto de massa e mola de 32 peças e pesos de grandes proporções que funciona como um amortecedor para a estrutura do vão central. (Vídeo abaixo) Em eventos com fortes ventos, a Ponte oscilava (Vídeo abaixo) cerca de 1,20 m no sentido vertical, 60 cm para cima e 60 cm para baixo, e após a instalação do equipamento ela oscila apenas 10 cm, 5 cm para cima e 5 cm para baixo, ou seja, uma redução de 90%, trazendo mais conforto e segurança ao usuário.
O ADS, como foi denominado o projeto, tem características únicas, comparado aos poucos instalados no mundo. Trata-se de caixas de aço presas por molas a uma estrutura metálica. Quando a Ponte começa a balançar devido a ação do vento sobre a estrutura, o ADS entra de imediato em operação, produzindo forças de inércia (de controle) que irão contrabalançar as forças produzidas pela estrutura. (Vídeo abaixo)
A maior oscilação registrada na Ponte Rio-Niterói, como explica Ronaldo Battista, teve deslocamento pico-a-pico de 1,20 metros, o equivalente a 60 cm de oscilação para cima e para baixo em relação ao seu estado normal. Com a ação do ADS, a redução dessas oscilações é superior a 80%, resultando em valores estimados de 10 cm pico-a-pico. Uma amplitude baixa como essa, associada a um período de oscilação de cerca de 3 segundos, não causam desconforto aos usuários que trafegam sobre a ponte.
Outros tipos de atenuadores dinâmicos, projetados pelo Engenheiro Ronaldo Battista, já foram instalados em outras estruturas no Brasil. A primeira foi a ponte de acesso ao Porto de Sepetiba, em 1993.