A Secretaria de Estado de Polícia Militar vai experimentar novas tecnologias para reforçar a segurança no estado do Rio de Janeiro. Entre as iniciativas está a implantação do programa de reconhecimento facial e de placas de veículos, que começará a ser testado no Carnaval deste ano, em Copacabana.
Resultado de uma parceria entre as secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil, Detran, Prefeitura do Rio de Janeiro e a Oi, o programa foi concebido a partir de um software desenvolvido pela empresa de telefonia. Se aprovado, o projeto piloto, sem ônus para o Estado, servirá de base para o termo de referência de uma futura licitação, com a possibilidade de participação de outras empresas.
Utilizando de forma integrada as câmeras instaladas em Copacabana, o sistema consiste no envio de informações online para uma central, que ficará instalada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). As imagens faciais e das placas dos veículos serão analisadas por operadores que utilizarão os bancos de dados da Polícia Civil e do Detran. A gestão operacional do sistema ficará restrita ao Estado, que terá o controle do banco de dados. O suporte da Oi será apenas na tecnologia oferecida.
“Em uma blitz ou mesmo em um bloco de Carnaval, podemos detectar de forma imediata a presença de um criminoso ou de um carro roubado” explicou o secretário de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, ressaltando que o programa será implantado praticamente a custo zero para o Governo do Estado.
Registros de ocorrências
A Secretaria de Polícia Militar também planeja implantar os registros de ocorrências de baixo potencial ofensivo. Nos casos de menores gravidades, como pequenos furtos e desentendimento entre vizinhos, os policiais militares não precisarão mais conduzir os envolvidos à delegacia e ficar à espera do registro. Eles enviarão o registro através de uma plataforma digital, que estará interligada ao sistema da Polícia Civil e do batalhão da área. O projeto-piloto acontecerá na Ilha do Governador.
Os PMs que participarão do projeto-piloto estão sendo treinados na Academia de Polícia Civil. Em menos de 30 minutos, o registro de ocorrência estará concluído e os policiais militares, liberados para o patrulhamento das ruas. Atualmente, um registro de ocorrência, independentemente da gravidade do fato, é feito em duas horas.
“Estudos mostram que 68% das ocorrências são de baixo potencial ofensivo ou as chamadas assistenciais. Esse projeto vai dinamizar o policiamento e será replicado em todo o estado, na medida em que passarmos a dominar todo o sistema” afirmou o coronel.