
Um leão de estimação escapou de uma residência e atacou uma mulher e duas crianças na cidade de Lahore, a segunda maior do Paquistão, na última quarta-feira (2). O caso chocou a população e reacendeu o debate sobre a criação de animais selvagens em áreas urbanas. (Vídeo abaixo)
Câmeras de segurança registraram o momento em que o felino salta o muro da casa, corre atrás de uma mulher, a derruba no chão, e logo depois parte em direção a duas crianças. As imagens foram divulgadas pela polícia após o ataque.
Feridos e internação de crianças
Segundo as autoridades locais, a mulher sofreu arranhões e hematomas, enquanto as crianças, de 5 e 7 anos, foram hospitalizadas com ferimentos causados pelas investidas do leão.
O Departamento de Vida Selvagem do Paquistão conseguiu capturar o animal e o transferiu para um parque de safári. O tutor do leão, que mantinha o animal sem licença, foi preso pela polícia.
Criação de felinos selvagens é comum entre ricos no país
No Paquistão, é relativamente comum que empresários e famílias abastadas criem felinos de grande porte como leões e tigres em residências particulares ou zoológicos privados. Muitos os exibem como símbolo de status.
De acordo com Mubeen Elahi, diretor-geral do Departamento de Vida Selvagem, há atualmente 584 leões e tigres mantidos em casas e fazendas de reprodução na província de Punjab, a mais populosa do país.
Operação apreende 18 leões criados ilegalmente
Após o incidente em Lahore, as autoridades iniciaram uma operação especial que já resultou na apreensão de 18 leões criados de forma irregular e na prisão de oito pessoas envolvidas com essa prática ilegal.
“Todas as fazendas de criação de leões e tigres serão inspecionadas até o fim da semana”, afirmou Elahi.
Regulamentação rígida e pena de prisão
As novas normas estabelecidas pelo governo do Paquistão exigem que qualquer criador de grandes felinos tenha licença oficial, mantenha os animais em espaços com tamanho mínimo exigido e siga padrões de manejo definidos por lei.
O descumprimento dessas regras pode levar a penas de até sete anos de prisão.