Ao tomar posse nesta manhã (1º) como governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) reiterou em seu discurso o compromisso com o combate à corrupção e ao crime organizado. Ele disse ainda que assumir o estado é um ato de amor e se emocionou em alguns momentos, como quando agradeceu com a voz embargada à sua esposa, Helena Witzel.
Witzel classificou de “narcoterroristas” os envolvidos no tráfico de drogas e afirmou que as estruturas policiais estão sendo reorganizadas para ampliar a capacidade de investigar e de prender. “Criminosos assumiram pelo poder das armas o domínio de porções do nosso território, trazendo a desgraça e a desordem ao cidadão de bem. Não permitirei a continuidade desse poder paralelo”, disse.
A reorganização das estruturas envolve a substituição da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg) por duas pastas: a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) e a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) continuará existindo.
Além disso, foi criada a Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública. Em seu discurso, Witzel disse que esta estrutura possibilitará a aproximação das instituições. “É fruto da nossa experiência e estudos aprofundados por mais de 20 anos”.
A cerimônia de posse ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e foi conduzida pelo presidente da casa, o deputado estadual André Ceciliano (PT). Entre as autoridades que compuseram a mesa, estavam o prefeito carioca Marcelo Crivella (PRB); o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM); e o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
De acordo com o novo governador, o resultado das eleições no país simbolizou o grito homens e mulheres que estão cansados dos atos de corrupção. “É chegada a hora de libertar o estado da irresponsabilidade da corrupção que marcou as duas últimas décadas da política estadual”, acrescentou.
Witzel encerrou seu discurso prestando homenagem à Carlos Lacerda, que governou o extinto estado da Guanabara entre 1961 e 1965. Segundo o novo governador, ele deixou um legado de desenvolvimento ao Rio de Janeiro e lembrou uma de suas falas: “A impunidade gera a audácia dos maus. O futuro não é o que se teme. O futuro é o que se ousa. Eu ousei”.
Ebc