Em homenagem ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo, 9 de agosto, o Museu Antonio Parreiras (MAP) criou uma versão virtual da exposição “Antonio e Dakir Parreiras: de pai para filho”, disponível em www.galeriamuseuantonioparreiras.com. A mostra, exibida no Museu do Ingá, em 2018, aborda a relação entre Antonio Parreiras, ícone do paisagismo brasileiro nos séculos XIX e XX, e seu filho Dakir, também pintor. Tanto o Museu Antonio Parreiras quanto o Museu do Ingá são espaços da FUNARJ.
A edição para a internet reúne pinturas de pai e filho – incluindo a reprodução de quatro telas de Dakir Parreiras cedidas pela família do pintor especialmente para a exposição –, além de fotografias e um vídeo criado a partir da dedicatória que Antonio Parreiras escreveu para o filho na autobiografia “História de um pintor contada por ele mesmo”. Há ainda material inédito, como o registro em fotografias da exposição no Museu do Ingá, propostas de atividades e uma entrevista com Aloysio Parreiras de Mesquita, sobrinho-neto de Antonio Parreiras.
Pintor, desenhista, escritor e professor, Antonio Parreiras (1860 – 1937) iniciou os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, como aluno do artista alemão Georg Grimm. Em 1884, abandonou a Academia, acompanhando seu mestre e outros alunos para formar o Grupo Grimm, marco da pintura de paisagem na arte brasileira. Pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos. Realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa e tornou-se professor da Escola Nacional de Belas Artes. Em 1926, amplamente consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico História de um pintor contada por ele mesmo, que dedicou ao filho Dakir.
Assim como Antonio, Dakir Parreiras (1894 – 1967) seguiu a carreira de pintor, desenhista e professor. Em companhia do pai, ainda bem jovem passou uma temporada de aperfeiçoamento em Paris, onde foi aluno da Académie de la Grande Chaumière e da Académie Julian, tendo aulas com Marcel Baschet e Henri Royer. Pintou paisagens, retratos e quadros de temas históricos, tendo trabalhos em diversas instituições e prédios públicos. Entre eles, os palácios de governo de Porto Alegre, Florianópolis e Pernambuco e os teatros municipais de Ribeirão Preto e de Campinas.