Na quinta-feira (22/06), a Secretaria Municipal de Conservação, por meio da Gerência de Monumentos e Chafarizes, devolveu o monumento ao trecho da Baía de Guanabara em frente à Avenida Portugal, na Urca. Instalada em uma pedra no meio das águas, a peça precisou de um esquema especial para ser recolocada, levando em conta as condições do tempo e do mar. A ação teve o apoio do Iate Clube do Rio de Janeiro e foi executada em dois dias. No primeiro, foi demolida a base antiga e feita outra fundação. No segundo, instalaram a imagem, em um processo que durou cerca de cinco horas.
A escultura de São Pedro do Mar havia sido derrubada pela força da ressaca que atingiu as praias do Rio de Janeiro, em agosto de 2022. A imagem foi resgatada com a ajuda do Corpo de Bombeiros. Foram seis meses de restauro, sob a supervisão do artista plástico e saxofonista Edgard Duvivier, filho do responsável pela obra, o escultor Edgard Duvivier (1916-2001). Os serviços, executados em uma fundição, incluíram a decapagem da escultura, feita em bronze, e reparos das partes danificadas.
Antes que a peça fosse recolocada, a Gerência de Monumentos e Chafarizes contou com o auxílio de técnicos da Prefeitura do Rio especializados em estrutura, que fizeram vistoria na pedra que serve de base para São Pedro do Mar. A fim de garantir a melhor fixação do monumento, a escultura deixou de ser firmada por parafusos e recebeu uma estrutura interna que fica presa à pedra e, depois, foi concretada.
A escultura de São Pedro do Mar
A peça, inaugurada em 1959, é do escultor Edgar Duvivier (1916-2001), pai do artista plástico e saxofonista Edgar Duvivier e avô do ator e escritor Gregório Duvivier. Inicialmente, a escultura ficaria no fundo do mar, perto das Ilhas Cagarras, mas foi instalada na Urca a pedido da igreja e de um grupo de pescadores. Nada mais justo, já que São Pedro, considerado pelos católicos o guardião do Reino dos Céus, também é padroeiro dos pescadores.