Nas minhas andanças como jornalista, aprendi a reverenciar a história da melhor forma: contando-a. Desde que assumi o meu lado escritora em 2018, quando fundei a Texto & Café Comunicação e Editora, fui descobrindo o amor que tinha pelo passado e o quanto é importante permitir que ele não se apague no presente e que fique resguardado para o futuro. É dessa forma que venho me dedicando a contar histórias das mais variadas e contribuindo para perenizá-las.
Acredito e entendo que Niterói, assim como toda cidade, tem histórias incríveis merecedoras de registro, assim como figuras ilustres que deixaram sua marca também desfrutam de lugar privilegiado nessas reminiscências. Mas, por qual motivo eu inicio a coluna desta semana,abordando esse assunto? É que quando começamos a colocar uma lupa para enxergar trajetórias tão significativas para a nossa vida e para a dos demais, aprendemos a importância de respeitar e dignificar cada uma delas. E, pensando nisso, tenho uma das muitas histórias que gostaria de destacar, que é a do atleta Colin Turnbull.
Quando comecei a escrever o livro comemorativo aos 50 anos do Niterói Rugby, eu me deparei com as referências históricas de um grande atleta lembrado por todos: Colin Turnbull. Foram mais de 70 entrevistados e, na grande maioria das entrevistas, o nome desse niteroiense de ascendência escocesa é citado com venerável admiração(até mesmo por aqueles que nem chegaram a conviver com ele). Com isso, fui aprendendo, também, a nutrir muito respeito pela sua trajetória e pela sua memória.
Colin Turnbull faleceu no dia 20 de março de 1982 (sim, essa semana completou 42 anos de sua partida) em um trágico acidente, e deixou uma legião de grandes fãs, que sempre lembram dele com admirável ternura e respeito. Em seus relatos ouvi que a grandeza desse homem não estava apenas na sua altura, mas no seu coração. Uma pessoa capaz dos gestos mais gentis. Um grande exemplo para os atletas do NRFC, um “encantador” de crianças e um esportista destacado nos dois esportes que seguiu com maestria: o rúgbi e o handebol. A grandeza do seu nome permitiu-lhe ter até um verbete na Wikipedia, assim como outro grande atleta, Pedro Cardoso. Ambos têm o devido destaque no livro que tive a honra de escrever, graças ao convite de Marcelo Fellows e Fernando Coruja (atual presidente do Niterói Rugby Football Clube).
Como já estamos na fase de finalização da produção editorial, gostaria de destacar, inicialmente, que essa é uma história que vai ficar na minha memória e no meu coração. Ela me cativou, assim como a história do clube, que já foi tema da minha coluna no domingo do dia 18 de fevereiro. Mas, é impossível não ouvir tanto sobre Colin Turnbull e não se tornar, também, uma admiradora dele. E, aliado a tudo isso, ainda tive a honra de conhecer o seu irmão Ian Turnbull, que mora atualmente em São Paulo, e demais membros da família.
Para aqueles que, assim como eu, são admiradores inveterados da nossa cidade e de todas as suas histórias, recomendo fortemente que leiam o livro “Niterói Rugby Football Clube – 50 anos de respeito e paixão pelo esporte”, que conta com a curadoria de um grupo executivo composto por Marcelo Fellows, Fernando Coruja, Acyr Araujo e Henrique Thoni Neto. O projeto gráfico é de Afonso Vilas Boas, originário de Portugal eque, assim como os demais, também jogou rúgbi, no caso dele, por um time português. As charges são do grande artista Paulo Eduardo Kneip (Monkey) e fotografias de Fabiano Marinho, Luís Cláudio Amaral e do arquivo pessoal de vários atletas do clube. Brevemente, divulgaremos quando o livro será lançado.