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Experiências que transformam!

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O mês de março é sempre muito especial para todas nós, mulheres. Uma infinidade de eventos pululam na cidade, ora provocando uma reflexão sobre o papel da mulher nas relações de trabalho e renda, ora valorizando a imensurável contribuição delas nas mais distintas esferas da nossa sociedade. O fato é que sempre temos a oportunidade de transitar pela cidade e presenciar as mais distintas iniciativas desenvolvidas em prol dessa data comemorativa, inciativas essas que transcorrem durante todo o mês de março.

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Nessa primeira quinzena, a cidade sediou o ID Rio, um evento que fala de moda, economia criativa e sustentabilidade, e contou com o apoio do grupo Mulheres do Brasil Núcleo de Niterói, do qual faço parte. Foi lindo de ver o quanto dessa união de mulheres é possível potencializar e dar visibilidade às causas femininas, além de estimular a autonomia financeira de várias delas. Estar com elas é sempre um momento enriquecedor, pois hoje, mais do que nunca, sabemos que não estamos sós, pois muitas de nós estão imbuídas pelo forte desejo de nos apoiarmos. Isso é algo muito gratificante que gera alegria e nos permite espalhar amor.

A verdade é que não servimos para viver sozinhos! Todos nós precisamos estar unidos e, no caso de nós mulheres,essa união é cada vez mais importante e necessária para que realmente possamos modificar a nossa realidade. Por esse motivo, vivenciar esses três dias do ID Rio no Museu de Arte Contemporânea é sempre uma forma de estar em sintonia com todas essas causas tão relevantes para cada uma de nós. Participar dos desfiles (Mulheres do Sul Global e Lecia Brasil) e assistir aos shows e às palestras de grande relevância informativa ou inspiracional tem o papel de modificar a nossa visão de tudo o que está à nossa volta.

Também foi nesse fim de semana que tive a oportunidade de conhecer a exposição da querida fotógrafa Adriana Oliveira, chamada “Metamorfose: das sombras à luz”. A mostra fotográfica aborda um tema tão delicado da violência contra a mulher, mas de uma forma delicada, ressignificando a dor a partir de um processo de curaatravés da fotografia. Também pude ver a minha querida amiga e parceira Maria Gomes experimentando essa potente transformação, ao ser clicada por essas lentes poderosas. Adriana nos proporcionou uma leitura sensível e amorosa de todas essas histórias de renascimento. Uma verdadeira catarse!

Fecho esse momento, enaltecendo a produção teatral conduzida pelo amigo Fabrizio Sassi e toda a sua numerosa e competente equipe de 70 profissionais, que nos proporcionou uma noite memorável nessa última quinta-feira, no Theatro Municipal de Niterói. Viajamos no tempo para conhecer os costumes da aldeia Keriy e o amor proibido de Jurema e Kaub, que resiste a tudo e a todos. “Itapuca – o musical”, além de falar de amores – achados e perdidos –, também lança luz sobre a autonomia que toda mulher deve ter para decidir o seu destino.

Com um cenário que consegue nos transportar para as florestas existentes em predominância por essas paragens, tivemos a oportunidade de ouvir 12 canções que nos introduzem à cultura dos índios, mostrando um pouco da sua vida e da resistência à colonização portuguesa. Sem falar na escravidão que reinava nesse período. A direção é de Marllos Silva e um elenco estelar de atores como Yasmin Pellerano, Pedro Madeira, Dario Jurema, Henrique Patuá, Caio Passos, Jana Figarella, Gabi Deolinda, Pablo Marcel, Rodrigo Rangel, Leo Araújo e Giovanna Sassi. Todos impecáveis nas suas interpretações, mas gostaria de destacar a expressão facial e vocal da amiga Gio(Giovanna Sassi), que me impressionou no papel de Maria Antonieta.

E viva o Teatro!